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O desastre ambiental e social que é o derramamento de óleo no Nordeste ainda segue sem solução. As manchas do mineral continuam aparecendo em praias do litoral da região sem que o Governo Federal tome uma atitude mais efetiva para impedir o avanço, que, além de tudo, põe em risco a saúde dos moradores que entram em contato com os resíduos.
A falta de iniciativa do Palácio do Planalto vem motivando uma série de críticas de integrantes da sociedade civil e de órgão internacionais de proteção ao meio ambiente. Enquanto isso, o Congresso busca alternativas para exigir que medidas de contenção e controle de danos sejam adotadas.
Presidente da Comissão de Meio Ambiente do Senado, Fabiano Contarato (Rede-ES) lamentou a inércia da gestão Bolsonaro neste e em outros episódios. O parlamentar citou as iniciativas que tem implementado a respeito do vazamento do óleo.
“O governo atual é negacionista em todas as áreas, não só nesse evento, e contra fatos não há argumentos. Estive a convite do presidente em exercício, senador Davi Alcolumbre, em Alagoas, Sergipe, provoquei a instalação de uma comissão externa para avaliar e monitorar como está o trabalho de interligação entre União, estados, municípios, sociedade civil, Ministério Público. O fato é que o governo foi omisso desde o início, não potencializou, não deu valor à gravidade desse crime ambiental”, destacou.
A postura de Jair Bolsonaro na situação atual apenas exemplifica suas atitudes em relação à proteção ao meio ambiente. O congressista avaliou o desempenho da gestão federal em situações semelhantes.
“O atual governo é um desmonte na área ambiental, essa é só uma ponta. Ele queria acabar com o Ministério do Meio Ambiente de direito, não conseguiu acabar de direito, está acabando de fato. Acabou com a Secretaria de Mudanças Climáticas, com o Plano de Combate ao Desmatamento, com o Departamento de Educação Ambiental, ele nega que o comportamento do homem tenha influência no aquecimento global, indo contrário a todos os estudiosos da academia do mundo inteiro”, enumerou Contarato.
Outro fato grave relatado pelo senador foi o não acionamento do plano nacional de contingência, previsto pela Lei 9.966. No entanto, o presidente parece mais preocupado em sugerir que o vazamento do oleio é de responsabilidade de um país vizinho, como quem o ex-capitão do Exército não tem boas relações.
“Promovi uma audiência pública na Comissão do Meio Ambiente e saímos com mais perguntas do que respostas. Eles não sabem a origem, se o vazamento foi da modalidade ship-to-ship, de navio para navio, se foi um naufrágio de um navio de petróleo, se o derramamento foi acidental ou intencional. Ele é irresponsável e precipitado quando vai para os meios de comunicação e só quer atribuir a origem como o DNA da Venezuela. Isso não quer dizer absolutamente nada porque a Venezuela exporta para o mundo”, comentou.
Ouça a íntegra da entrevista de Fabiano Contarato:
Entrevista em 29.10.2019