A humanidade caminha a passos largos para um cenário de colapso absoluto, que talvez chegue antes mesmo de as mudanças climáticas tornarem o planeta inabitável. Isso, pelo menos, é o que dizem alguns analistas de política internacional. Os seres humanos têm sido pródigos em promover conflitos em diversos campos, tendo sempre como objetivo a busca pelo poder. Alguns falam em uma tentativa de se enterrar impérios para a construção de um mundo efetivamente multipolar, enquanto outros entendem que o que está em curso é uma tentativa de troca no comando a partir da superação de protagonistas históricos no cenário geopolítico.

O fato é que temos um planeta em transformação e cada vez mais tensionado. Podemos citar, como exemplos mais recentes e midiáticos, os conflitos entre Rússia e Ucrânia, o morticínio de palestinos por parte do Estado de Israel, as Coreias novamente à beira de uma guerra, temos também os países africanos tentando se livrar definitivamente da posição de colonizados, outros certames mais localizados, restritos a determinadas regiões, ainda que tenham repercussão global, como a tentativa de Taiwan se tornar independente da China, a tensão entre Equador e Guiana por Essequibo, revoltas civis em algumas localidades. A paz tem sido artigo cada vez mais raro porque o caos agrega.

Para discutir os rumos que esses conflitos globais vão tomar e o resultado desta iminente mudança na ordem mundial, o Faixa Livre convidou o professor de geopolítica do Instituto de Relações Internacionais e Defesa da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IRID-UFRJ) Fernando Brancoli, o professor de Relações Internacionais da Universidade do Vale do Itajaí (Univali) Daniel Corrêa da Silva e o professor de Relações Internacionais da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Paulo Velasco.

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