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O Brasil tem passado por mudanças profundas nos últimos anos no que diz respeito ao cenário das disputas políticas. A extrema-direita avançou de maneira avassaladora, repetindo um movimento contra-hegemônico global, enquanto as esquerdas recuaram e se fracionaram cada vez mais em quase todos os cantos do mundo. Aqui no Brasil, o bolsonarismo, ainda que acuado institucionalmente a partir da ação do Judiciário, engajado em punir o golpismo que se estabeleceu durante os 4 anos em que esse grupo esteve no poder, segue mobilizando seus apoiadores.
Sinal disso foi esse ato do último domingo em São Paulo que reuniu quase 200 mil pessoas para denunciar uma suposta perseguição a Jair Bolsonaro. Enquanto isso, o campo progressista, ao invés de responder indo às ruas e mostrando força política, recorre à Justiça na esperança de que ela possa conter o extremismo, algo muito distinto daquilo que víamos décadas atrás, quando a esquerda mobilizava e a direita se atinha ao sistema de Justiça burguês para tentar criminalizar as manifestações. Sinal dos tempos?
O Faixa Livre tentou entender o que levou a essa mudança na lógica da disputa política debatendo com o cientista político, professor na Faculdade de Direito da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), desembargador do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) e membro da Associação de Juízes para a Democracia João Batista Damasceno, o cientista político, professor, ex-ministro da Ciência e Tecnologia e ex-presidente do PSB Roberto Amaral e a escritora, professora e doutora em Filosofia e Teoria Geral do Direito pela Universidade de São Paulo (USP) Juliana Magalhães.
Assista ao debate: