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O ano de 2024 iniciou-se com a expectativa de que a esquerda pudesse voltar a ganhar espaço no mapa político nacional a partir das eleições municipais sob um governo, ainda que de ampla aliança, liderado pelo presidente Lula em seu terceiro mandato, após uma vitória emblemática e apertada sobre Jair Bolsonaro dois anos atrás. No entanto, a escolha da estratégia de se manter os acordos construídos em âmbito federal em algumas cidades importantes e a falta de um diálogo mais próximo com os dramas atuais da classe trabalhadora fizeram com que perdêssemos Prefeituras em quantidade e em qualidade.
O PT, principal partido do campo progressista, apesar de ter eleito mais prefeitos que em 2020, passando de 183 para 252, começará 2024 à frente de menos municípios que hoje, visto que do último pleito para cá, por conta da vitória eleitoral de Lula, muitos políticos acabaram se filiando ao partido, levando o PT a comandar atualmente 265 cidades. O PDT, por sua vez, perdeu mais da metade de seus prefeitos, saindo de 320 para 151 eleitos em 2024. O PSB e o Avante conseguiram crescer, ganhando 55 e 53 Prefeituras, respectivamente. Já o PCdoB perdeu 27, o PV deixou o comando 31 cidades, enquanto o PSOL passou de cinco eleitos em 2022 para nenhum esse ano.
A situação se agudiza ainda mais quando percebemos que os partidos do Centrão, que foram abraçados pelo governo Lula na atual gestão, comandarão 74% dos brasileiros em 2025, à frente de 4.022 dos 5.569 municípios. Nem citamos a extrema-direita, mas esses partidos acabaram, também, perdendo espaço. Para além dos números, é possível dizer que a esquerda foi a principal derrotada nas eleições municipais?
O Faixa Livre convidou para discutir o tema o jornalista e ex-deputado federal Milton Temer, o economista e colunista do Instituto por Direitos e Igualdade (IDI) José Luis Fevereiro e o sociólogo e professor do curso de Ciências Sociais na Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) Cassio Brancaleone.
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