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O Brasil vem vivendo um momento histórico conturbado no cenário político. Especialmente desde a ascensão da extrema-direita aos postos da institucionalidade, com a vitória eleitoral de Jair Bolsonaro em 2018, o panorama de disputas se intensificou sensivelmente. Os neoliberais, incapazes de produzir uma alternativa viável eleitoralmente, embarcaram na sanha do bolsonarismo a fim de ver seus interesses atendidos, aprofundando os privilégios e os ataques ao Estado.
No entanto, diante do fracasso da gestão do ex-capitão, que era iminente antes mesmo da vitória, a alternativa de parte da banca foi buscar talvez a única figura que tinha apelo popular para derrotar Bolsonaro. Construiu-se uma concertação político-jurídica, com o Supremo e com tudo, para tornar possível a libertação de Lula da prisão política a qual ele foi submetido em 2018 por conta da operação Lava Jato e o petista, a partir de uma aliança amplíssima, voltou ao estrelato para “salvar” o país da extrema-direita e assumir seu terceiro mandato com um triunfo apertado, a duras penas.
O governo, que se iniciou com simbolismos importantes na cerimônia de posse e sob uma aura de esperança da população, com a premissa de reconstrução nacional, tem mostrado, entretanto, suas contradições. Se por um lado temos uma recuperação lenta da economia, com queda no desemprego, o Produto Interno Bruto (PIB) crescendo, recuperação da capacidade de consumo da população, por outro lado, os interesses dos rentistas avançam a todo vapor a partir de uma política que impõe barreiras aos investimentos públicos, austericida, preocupada muito mais com os ganhos dos banqueiros do que com os benefícios sociais. Prova disso é o pacote de corte de gastos indecente aprovado, em parte, pelo Congresso na última quinta-feira (19).
O presidente Lula encerrou 2023 garantindo que o Brasil, este ano, colheria frutos do que plantou. E o que conseguimos semear neste período? Para responder a essa questão e fazer um retrospecto do que foi o ano na política nacional, o Faixa Livre convidou o professor titular do Departamento de Economia e Relações Internacionais e presidente do Instituto de Estudos Latino-Americanos (IELA) na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Nildo Ouriques, o ex-senador e ex-governador do Paraná Roberto Requião e o historiador e professor aposentado do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP) Valério Arcary.
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