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A ampla aliança que governa o país, liderada pelo presidente Lula, tem enfrentado problemas de fora para dentro, diante da forte oposição que tem no parlamento e na sociedade, liderada pela extrema-direita, mas também sofre críticas da própria esquerda por conta de determinadas escolhas que dialogam com o receituário de uma elite capitalista incapaz de olhar para além dos seus privilégios. E essas contradições são mais aparentes na economia.
A adoção de medidas de redução de investimentos públicos para manter o malfadado equilíbrio fiscal se tornou obsessão na equipe liderada por Fernando Haddad, ministro da Fazenda. Não por acaso, a prioridade indicada como número 1 na lista de propostas do governo para a área econômica até o fim do mandato do presidente Lula é fortalecer o arcabouço fiscal para assegurar a expansão do Produto Interno Bruto (PIB), diminuir o desemprego, manter a inflação baixa e estabilizar a dívida pública.
No entanto, esse apreço pelo controle dos gastos, pelo fiscalismo é uma tese refutada por boa parte dos economistas do campo progressista. O presidente Lula, por sua vez, tem como costume repetir aquilo que ele diz ter ouvido de sua mãe, dona Lindu, de que você não deve gastar mais do que tem. Obviamente ela se referia à gestão das finanças da família, um tanto diferente da administração de uma das 10 maiores economias do mundo.
Para entender os limites do arcabouço fiscal e as consequências de mantê-lo como prioridade pela equipe econômica, o Faixa Livre convidou a doutora em economia e professora na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Denise Gentil, o economista e professor-pesquisador da Escola Nacional de Ciências Estatísticas (ENCE) do IBGE e das Faculdades de Ciências Econômicas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e da Mackenzie Rio Miguel Bruno e o economista e colunista do Instituto por Direitos e Igualdade (IDI) José Luis Fevereiro.
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