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Editorial – 13.02.2020

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Todas as questões envolvidas em torno da execução, contínuo usando essa expressão, deste ex-capitão do Bope e miliciano Adriano lá na Bahia merecem evidentemente muitas explicações, talvez por isso uma juíza aqui do Rio ontem impediu a cremação do corpo do ex-capitão Adriano, isso tudo porque, evidentemente, com todas as dúvidas que existem nesse caso, possivelmente poderia ou poderá haver um pedido de exumação do corpo para apurar as circunstâncias de fato com que ele foi morto pela PM da Bahia.

 

O mais curioso disso tudo é o que o senhor Flávio Bolsonaro, senador da República, ex-empregador da ex-mulher e da mãe de Adriano durante muitos anos e, mais do que isso, com muitas suspeitas de que essas pessoas eram funcionários fantasmas, repassavam dinheiro para o Fabrício Queiroz que tinha lá suas relações com o tal do capitão Adriano, esse Flávio Bolsonaro aproveitou o dia de ontem para, pela primeira vez, se manifestar sobre a morte de Adriano.

 

Adriano é uma pessoa completamente ligada à família Bolsonaro, não sem razão o próprio Jair Bolsonaro, na tribuna da Câmara, já prestou homenagens, reverências ao capitão Adriano como se ele fora um ótimo policial. O próprio Flávio Bolsonaro já o condecorou, inclusive, como um herói aqui na Alerj e por aí vai, além dessas relações de emprego da própria família do capitão Adriano junto ao Flávio Bolsonaro. Pois bem, Flávio Bolsonaro, assim como os demais integrantes da família Bolsonaro, que desde domingo guardam um silêncio sepulcral sobre essa história, resolveu se manifestar nas redes digitais, e afirmou claramente que realmente essa cremação seria um absurdo.

 

Para ele, pessoas estão acelerando a cremação do corpo para sumir com evidências sobre o seu assassinato na Bahia, só que esse pedido de cremação foi solicitado justamente pela família do miliciano, como se o senhor Flávio Bolsonaro desconhecesse esse fato. Somente esse tipo de manifestação muito suspeita depois de dias do silêncio que se fez desde domingo, já mostram muito bem essas relações que são absolutamente estreitas entre esse assassino profissional, dito pela própria polícia do Rio como chefe do ‘Escritório do crime’, com a família Bolsonaro e, particularmente, com Flávio Bolsonaro.

 

Essa é a grande questão, e aí quero trazer inclusive a vocês a memória de um parecer da Polícia Federal a respeito da tal rachadinha. Apesar de sustentadas e pesadas evidências contra Flávio Bolsonaro, contra Fabrício Queiroz, contra o próprio Adriano nessa história da rachadinha, a Polícia Federal concluiu um relatório onde isenta o atual senador de qualquer tipo de responsabilidade, contrariando inclusive as evidências do Ministério Público Estadual.

 

Isso levou ontem, por exemplo, o deputado Glauber Braga a interpelar de forma muito dura e acusar o atual ministro da Justiça Sérgio Moro de ser, na verdade, uma espécie de capanga das milícias, pois ele protege toda essa relação que deve ser investigada entre a família Bolsonaro e esse assassino profissional, de acordo com a polícia do Rio. Essa é a situação que estamos vivendo hoje no Brasil.

 

Temos no topo das instituições brasileiras um presidente da República que possui íntimas relações com gente desse tipo, assassino profissional, é o caso do senhor Adriano, inclusive com relações financeiras, profissionais como essa do emprego durante muitos anos de parentes diretos de Adriano. Infelizmente essa é a situação das nossas tais instituições, instituições que volta e meia a gente vê a turma falando que funcionam plenamente. Que tipo de funcionamento, hein? Deixo a vocês a observação de para onde vamos com instituições dessa natureza.

 

Ouça o comentário de Paulo Passarinho:

 

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