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Afora as já tradicionais disputas políticas entre o Legislativo e o Executivo em torno das medidas econômicas de redução de danos provocados pela pandemia do novo coronavírus, a quinta-feira no Brasil foi repleta de imagens que as autoridades de saúde recomendam que sejam evitadas para que não haja a propagação da doença no país.
A começar pelo presidente Jair Bolsonaro com seus costumeiros maus exemplos, o que não surpreende ninguém. O político deixou o Palácio do Planalto no final da tarde para ir a uma padaria, onde conversou com apoiadores, abraçou e posou para fotos, além de reafirmar seu compromisso com a retomada econômica imediata, dando de ombros para a necessidade de isolamento social.
Como reflexo das posturas irresponsáveis do ex-capitão do Exército, pôde se observar ontem um aumento considerável no número de pessoas circulando pelas grandes cidades do país. Em São Paulo, por exemplo, foram registrados 13km de engarrafamento no trânsito no horário de rush, algo que não acontecia há semanas. Desafeto político de Bolsonaro e defensor das medidas de autoconfinamento, o governador João Doria ameaçou adotar medidas drásticas, que incluem multas e prisões, caso não observe uma redução da circulação no estado a partir da próxima semana.
Outra situação que vai de encontro às recomendações da Organização Mundial da Saúde foram as enormes filas e aglomerações provocadas pelo início do pagamento do auxílio emergencial de R$ 600 a trabalhadores informais e desempregados. Em algumas cidades, como São Gonçalo, na região metropolitana do Rio, houve confusão entre guardas e pessoas que tentavam regularizar sua situação para receber a ajuda do Governo Federal.
Em um momento de excepcionalidade, onde é urgente a necessidade de renda imediata para a subsistência de boa parte da população, a gestão Bolsonaro apela para a burocracia. Cada dia fica mais evidente que a irracionalidade reina pelos lados do Palácio do Planalto.
Ouça o comentário de Anderson Gomes: