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O cerco ao bolsonarismo segue se fechando no país. Ontem a Polícia Federal deflagrou mais uma operação com mandados de busca e apreensão contra empresários e um parlamentar ligados ao presidente da República no inquérito que investiga a realização de atos antidemocráticos, buscando chegar aos idealizadores e financiadores das manifestações.
O publicitário Sérgio Lima e o empresário Luís Felipe Belmonte, ambos ligados ao Aliança pelo Brasil, partido que Jair Bolsonaro pretende criar, bem como o deputado federal pelo PSL do Rio de Janeiro Daniel Silveira foram alvos da ação autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes por ordem da Procuradoria-Geral da República.
Foram realizados, no total, 26 mandados contra 21 pessoas em Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Maranhão e Santa Catarina. A operação foi batizada de Lume, uma referência à necessidade de iluminar os investigados para que todos fatos relacionados à autoria, materialidade e circunstâncias de financiamentos desses grupos sejam revelados.
Quem percebe que sua luz está se apagando é o ex-capitão do Exército. Ele se irritou e considerou a ação da Polícia Federal uma investida contra o governo, ainda que tenha sido aconselhado por assessores e lideranças do governo para que tente apaziguar as relações com o Judiciário.
A grande questão nesse diagnóstico é que Bolsonaro nunca foi de paz. Sua zona de conforto é no caos, ele busca e sempre vai buscar ampliar o acirramento dos ânimos para motivar atitudes criminosas de sua militância contra as instituições. O desejo latente do presidente da República é instaurar um regime autoritário no país, e não adianta a oposição achar que as instituições por si só serão capazes de parar os anseios do ex-capitão do Exército. Ele tem dobrado a aposta a cada dia.
Toda iniciativa do Supremo tem uma resposta do Bolsonaro pela via institucional ou em forma de discursos ameaçadores. Está mais do que claro isso. Cabe àqueles que têm a intenção de manter o nosso regime democrático intacto reagir a esses arroubos de um presidente que ignora a maior tragédia de saúde da história, minimiza as mais de 45 mil mortes provocadas pela Covid-19 e coloca o Brasil de joelhos ao imperialismo estadunidense.
Ouça o comentário de Anderson Gomes: