Preencha os campos abaixo para submeter seu pedido de música:

Editorial – 21.07.2020

Compartilhe:
editorial_1170x530

Diante de tantas notícias ruins que nós temos dado nos últimos tempos, parece que surge uma luz no fim do túnel para superarmos esse obstáculo que surgiu diante da nossa civilização que é a pandemia do novo coronavírus. Cientistas da Universidade de Oxford, no Reino Unido, anunciaram que, de acordo com resultados preliminares, a vacina desenvolvida por eles para a Covid-19 é segura e induziu resposta imune no corpo dos voluntários. Os pesquisadores se referem às duas primeiras fases de testes da imunização. A terceira fase está ocorrendo aqui no Brasil e em outros países.

 

Caso os testes confirmem a efetividade da vacina, as primeiras doses podem estar disponíveis para aplicação em humanos até o final do ano. No Brasil, a previsão é de que o registro só esteja disponível em meados de 2021. Outro imunizante, desenvolvido pela China, teve resultados satisfatórios em testes preliminares feitos na cidade de Wuhan, epicentro inicial da pandemia do coronavírus. A China, aliás, está desenvolvendo quatro estudos em paralelo para a descoberta de uma vacina para a Covid-19.

 

Enquanto o mundo mostra que o conhecimento e o estudo científicos são a chave para o sucesso da humanidade, o Brasil de Bolsonaro segue na fase de ameaça de novos retrocessos. A Câmara dos Deputados começa a votar nesta terça-feira a proposta de emenda constitucional que torna permanente o Fundeb, fundo que financia a educação básica, a partir de 2021.

 

O Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica foi criado em 2007 e tem vigência até dezembro deste ano. A renovação do Fundeb está em discussão no Congresso há cinco anos e é considerada essencial para garantir recursos a estados e municípios para investimentos da educação básica ao ensino médio. Este será possivelmente o principal desafio para o recém-empossado ministro da Educação Milton Ribeiro, como nós já comentamos neste espaço editorial na última sexta-feira.

 

A proposta estava prevista para ser votada ontem, mas uma reunião de líderes na Câmara postergou o início das discussões para esta terça-feira. A principal mudança que o governo deseja fazer no projeto é a inclusão de um dispositivo para destinar parte dos 20% repassados pela União ao fundo à transferência direta de renda para famílias com crianças em idade escolar. O desejo do governo é que esses recursos venham a compor o Renda Brasil, programa que deve substituir o Bolsa Família.

 

A estratégia do governo seria incluir o repasse na PEC do Fundeb uma vez que o fundo não está limitado à regra do teto de gastos públicos. Está na cara que a gestão Bolsonaro tenta desvirtuar o verdadeiro objetivo do Fundeb, que é enviar recursos para estados e municípios investirem na educação. Vamos ver como os parlamentares tratarão deste que é um tema tão importante para que o ensino no Brasil não sofra mais um retrocesso desses muitos que temos visto na administração irresponsável de Jair Bolsonaro.

 

Ouça o comentário de Anderson Gomes:

 

Deixe seu comentário:

Apoie o Faixa Livre:

Apoie o Faixa Livre:

Baixe nosso App

Baixe nosso App

Programas anteriores