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Como era esperado, o senador Flávio Bolsonaro, filho do presidente da República Jair Bolsonaro, não compareceu ontem à acareação marcada pelo Ministério Público Federal sobre o suposto vazamento da Operação Furna da Onça, em 2018, que desencadeou todo esse escândalo das rachadinhas envolvendo o ex-assessor do então deputado estadual Fabrício Queiroz.
Marinho alega que Flávio foi avisado da ocorrência da operação da Polícia Federal antes das eleições que elegeram seu pai à Presidência. A defesa do atual senador já havia dito que ele não se apresentaria para a acareação, pois teria a prerrogativa de marcar horário e local. O MPF entende que não, ele só pode se ausentar se apresentar um atestado médico. O caso agora deve ser levado ao Supremo Tribunal Federal e pode trazer problemas para o zero um.
Deixando isso um pouco de lado agora, eu gostaria de fazer a leitura de uma importante nota divulgada por um grupo de centrais sindicais a respeito de uma discussão que vai acontecer essa semana no Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat), sobre a ampliação do seguro-desemprego para quem foi demitido durante a pandemia no país. O título da nota é “Codefat precisa ampliar as parcelas do seguro-desemprego”:
“O Codefat (Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador) terá importante decisão a tomar na próxima quinta-feira, 24 de setembro: ampliar em duas parcelas o benefício do seguro-desemprego dos trabalhadores demitidos durante o estado de calamidade pública provocado pela pandemia do Coronavírus. Essa decisão é urgente e visa proteger seis milhões de trabalhadores, que, nesse período crítico da vida nacional, perderam e perderão o emprego e sua fonte de sustento.
A proposta de prolongamento do seguro-desemprego foi feita pela bancada dos trabalhadores no Codefat, composta pelos representantes das centrais sindicais CSB, CTB, CUT, Força Sindical, Nova Central e UGT. Ela apoia-se na legislação de emergência, que autoriza a utilização de recursos extraordinários para o custeio das ações de enfrentamento dos impactos da pandemia. As Centrais Sindicais contam com a aprovação da proposta pelo Conselho em reconhecimento às evidentes justificativas sociais e econômicas da reivindicação.
A situação dos trabalhadores tornou-se mais dramática com a pandemia. Segundo o IBGE, quase 9 milhões de empregos foram perdidos entre o primeiro e o segundo trimestres de 2020, enquanto o emprego com carteira assinada diminuiu em 3,7 milhões de postos entre fevereiro e junho. O CAGED, do Ministério da Economia, apurou a eliminação de 1,4 milhão de postos de trabalho formal entre março e julho. A crise no emprego afetou praticamente todos os setores da economia e com força devastadora nos vários segmentos de serviços e comércio.
A crise no mercado de trabalho já completa seis meses desde que o estado de calamidade pública foi decretado. O trabalhador que foi demitido e que recorreu ao seguro-desemprego já esgotou as parcelas que, em média, são apenas quatro. Esgotadas as parcelas do seguro, o trabalhador ficou impossibilitado de atender aos prazos de solicitação do Auxílio Emergencial criado pelo Congresso Nacional. Diante das taxas de desemprego, que já eram altas antes da pandemia e ficarão ainda maiores nos próximos meses, levará muito tempo para que consiga um novo emprego e voltar a receber salário. É urgente uma proteção de renda a todos os que se encontram nessa situação”.
Assinam a nota os representantes da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), José Avelino Pereira, da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Adilson Gonçalves de Araújo, da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Sérgio Nobre, da Força Sindical, Miguel Eduardo Torres, da Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), José Calixto Ramos, e da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Ricardo Patah.
Ouça o comentário de Anderson Gomes: