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Como todos sabem, no próximo domingo nós teremos a realização das eleições municipais por todo o país, um momento muito importante para nós que estamos comprometidos em manter a democracia no Brasil, derrotar o retrocesso e promover igualdade social. Por ocasião do pleito, eu quero trazer alguns dados aqui para vocês que dão um panorama amplo dos desafios que os próximos governantes dos 5570 municípios do nosso país têm pela frente. Essa é uma compilação feita pela Agência IBGE Notícias, que traz uma síntese de indicadores sociais. Diz o texto:
“Os resultados utilizam dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua de 2012 a 2019, entre outras fontes.
De 2018 para 2019, a pobreza medida pela linha de US$ 5,5 PPC, que significa Paridade do Poder de Compra, caiu de 25,3% para 24,7% das pessoas. Já a extrema pobreza (US$1,90 PPC) se manteve em 6,5% da população, em 2018 e em 2019, afetando mais da metade dos nordestinos e 39,8% das mulheres pretas ou pardas.
O índice de Gini, que é um indicador de desigualdade (0,543) caiu em relação a 2018 (0,545), mas o país é o nono mais desigual do mundo segundo o Banco Mundial.
Entre 2018 e 2019, a taxa de desocupação caiu de 12% para 11,7%. Porém, a proporção dos desocupados há pelo menos dois anos subiu de 23,5% em 2017 para 27,5% em 2019.
Entre os jovens de 15 a 29 anos de idade, 22,1% não estudavam e não estavam ocupados em 2019. O percentual foi menor que em 2018, em decorrência do aumento do nível de ocupação.
Em 2019, os estados do Nordeste apresentavam mais de um quarto dos jovens de 15 a 29 anos que não estudavam nem estavam ocupados, padrão percebido na série iniciada em 2016.
Entre as mulheres pretas ou pardas de 15 a 29 anos de idade, 32,0% não estudavam e não tinham ocupação em 2019, proporção 2,4 vezes maior que a dos jovens brancos nessa situação (13,2%).
Em 2018, segundo o Caged, mais de 71 mil contratações ocorreram pela forma intermitente no país, representando 0,5% das admissões com carteira assinada. Em 2019, foram mais de 155 mil contratações dessa forma intermitente, ou 1,0% das admissões com carteira.
Quatro em cada dez trabalhadores ocupados estavam na informalidade em 2019. A informalidade no mercado de trabalho brasileiro, de caráter estrutural, atingia 41,6% dos trabalhadores do país em 2019, ou 39,3 milhões de pessoas. Este indicador se manteve estável em relação a 2018. A proporção era maior na região Norte (61,6%) e menor na Sul (29,1%).
Entre pessoas ocupadas sem instrução ou com o ensino fundamental incompleto, a proporção de informais era de 62,4%, mas de apenas 21,9% entre aquelas com ensino superior completo.
Em 2019, a taxa de frequência escolar bruta das crianças de 0 a 3 anos atingiu 35,6% e, na faixa entre 4 e 5 anos, chegou a 92,9%, porém ainda está abaixo das metas do Plano Nacional de Educação (50% para 0 a 3 anos e universalização para 4 e 5 anos até 2024).
Na faixa de 18 a 24 anos de idade, 35,7% dos jovens brancos frequentavam ou já haviam concluído o ensino superior em 2019. Entre os jovens pretos ou pardos, esse percentual era de apenas 18,9%.
Em 2019, entre as pessoas de 25 anos ou mais de idade, 51,1% não haviam completado o ensino médio, mas apenas 4,5% da população nessa faixa etária frequentavam escola.
Um total de 23,8 milhões de jovens com 15 a 29 anos de idade e sem ensino superior completo não frequentavam escola. 57,6% dos homens pretos ou pardos e 53,2% das mulheres pretas ou pardas estavam nessa situação.
Entre as razões apresentadas pelos jovens para terem parado de estudar, ou nunca terem estudado, “precisava trabalhar” foi a resposta mais recorrente, mas com maior incidência para os homens (43,1%) do que para as mulheres (26,0%). O percentual de jovens que não estudavam e nem estavam ocupados caiu de 23,0% em 2018 para 22,1 em 2019”.
É este cenário que os políticos eleitos no próximo domingo terão de enfrentar. Portanto, você, ouvinte, pense bem nesses números na hora de depositar o voto na urna e escolha figuras que estejam comprometidas com a redução dessa que é a verdadeira origem de todos os nossos problemas, que é a desigualdade social. Só o voto responsável é capaz de mudar os destinos do nosso país.
Ouça o comentário de Anderson Gomes: