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Eu tenho comentado aqui nos últimos dias a respeito do feito da candidatura do PSOL, encabeçada por Guilherme Boulos e Luiza Erundina, em São Paulo, e o fato de o líder do MTST se colocar como principal nome da esquerda para a sucessão presidencial em 2022. Mas essa avaliação evidentemente não é unitária no campo progressista.
Eu gostaria de trazer aqui para vocês um contraponto elaborado pelo professor de filosofia Luiz Carlos de Oliveira e Silva, onde ele elenca uma série de questões a respeito da postura e da prática política de Guilherme Boulos e da militância dos partidos. Ainda que eu não concorde com tudo o que o Luiz Carlos diz nesse texto, eu gostaria de trazê-lo aqui para vocês a fim de que possamos fomentar o debate. O título do texto é “A importância de uma base crítica e vigilante”
“Boulos é uma “obra em progresso”: ele ainda não está acabado. Passar pano para as ambiguidades dele e para o seu projeto de “tornar-se-um-novo-Lula” não ajuda à nossa causa…
O servilismo acrítico da militância do PT quanto aos “malfeitos” e à degradação político-ideológica dos dirigentes contribuiu e muito para o partido ter se transformado no que se transformou.
Vejo este mesmo servilismo acrítico na base do PSOL e na base do “cirismo”.
Uma base crítica e vigilante é imprescindível para manter os partidos sadios e as suas lideranças nos eixos. Mas o que se vê, como regra, é servilismo acrítico.
A importância das bases partidárias é decisiva, quando elas se mantêm críticas e vigilantes!
Os resultados do servilismo acrítico são conhecidos. Por que insistir nesse caminho que nos leva à degradação?
Política não é religião! Os partidos não são igrejas! Seus líderes não são ungidos de Deus!
A responsabilidade das bases partidárias é enorme. Por isto, a burocracia e as lideranças têm medo delas…
Sem a pressão das bases, viveremos sempre dependentes do caráter dos líderes, e, sabemos todos, o caráter dos líderes é lábil.
Vamos fazer valer a nossa força! A cada vacilo dos dirigentes, temos que nos insurgir e dizer, alto e bom som: ‘Não em nosso nome!’”
Ouça o comentário de Anderson Gomes: