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Editorial – 29.04.2021

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Em mais um editorial relâmpago por conta do tempo reduzido que sobrou, eu queria fazer primeiro um comentário a respeito daquela absurda demonstração de irresponsabilidade do ministro da Economia Paulo Guedes, que, em uma reunião com ministros do governo anteontem (27), disse que a China teria “inventado” o coronavírus, tensionando mais uma vez a já tão desgastada relação com os asiáticos, nosso principal parceiro comercial.

 

Parece que não falta apenas consciência de classe ao Posto Ipiranga do Jair Bolsonaro. O ultraliberal não tem sequer a capacidade de perceber que os chineses são um pilar fundamental para a retomada do crescimento do Brasil após essa crise que está colocada. Um dos maiores mercados consumidores do mundo precisa dos nossos produtos, especialmente as commodities, mas a cegueira ideológica desse governo não permite que o país saia do atoleiro empurrado por uma das maiores locomotivas da economia global

 

Eu também queria fazer referência a mais uma atuação do Supremo Tribunal Federal sobrepujando suas atribuições para fazer cumprir uma medida que o Executivo, de maneira irresponsável, deixa de lado. O ministro Marco Aurélio Mello determinou ontem (28) que o Governo Federal tome as providências para realizar o Censo Demográfico. A decisão atendeu a um pedido do governo do Maranhão Flávio Dino (PCdoB), que apontou os prejuízos para o país com o novo adiamento da pesquisa.

 

O magistrado criticou o corte no orçamento do IBGE para a realização do Censo e destacou que a decisão fere a Constituição, quando a União descumpre o dever específico de organizar e manter os serviços oficiais de estatística e geografia de alcance nacional.

 

É muito evidente, como falou aqui no programa ontem a Dione Oliveira, da ASSIBGE, que o agravamento da pandemia põe em risco o trabalho dos recenseadores do IBGE para a produção da pesquisa decenal, mas é obrigação do Executivo encontrar alternativas para que o Censo possa ser realizado, seja ele por telefone, seja oferecendo condições totais de segurança para os profissionais que realizam as entrevistas. Esse apagão estatístico trará consequências nefastas para o Brasil caso não haja uma ação imediata dos poderes instituídos.

 

Ouça o comentário de Anderson Gomes:

 

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