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Dando sequência aos trabalhos, os senadores da CPI da Pandemia ouviram ontem (27) o depoimento do diretor do Instituto Butantan Dimas Covas, que confirmou o descaso do Governo Federal em relação às vacinas contra a Covid-19. Ele disse que a primeira oferta de doses do imunizante da farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o próprio Butantan foi feita em julho do ano passado, e que o Brasil poderia ter sido o primeiro país a vacinar sua população, ainda em 2020.
Além disso, o médico e pesquisador garantiu que poderiam ter sido entregues 100 milhões de doses da Coronavac até o fim deste mês de maio, caso a primeira oferta de vacinas fosse aceita pela gestão Bolsonaro. Eu acho que não preciso nem falar os efeitos dessa irresponsabilidade do ex-capitão ao não adquirir as vacinas, os números falam por si, quase meio milhão de mortes pela Covid-19. Aliás, o Brasil perdeu ontem um dos seus maiores nomes da história do samba para a doença, com a morte de Nelson Sargento, aos 96 anos, baluarte da Estação Primeira de Mangueira.
É tudo muito lamentável. Mas eu também gostaria de citar aqui no espaço editorial esse importante Dia Nacional de Mobilizações, que será realizado amanhã (29) em diversas cidades do país, contra esse governo genocida e entreguista do senhor Jair Bolsonaro, pela compra imediata de mais vacinas contra a Covid e pelos empregos dos brasileiros. Ontem, aliás, o IBGE confirmou esse novo recorde no número de desempregados, com 14,8 milhões de pessoas procurando trabalho, a população não aguenta mais tanto descaso, tanto desrespeito, tanto que, de alguma forma, vai deixar de lado os riscos provocados pela pandemia para pedir a saída do ex-capitão.
No Rio de Janeiro, o ato convocado pelas principais centrais sindicais terá concentração a partir das 10h, no Monumento Zumbi dos Palmares, no Centro. Em São Paulo, a reunião se dará no MASP, local tradicional de manifestações na cidade. Eu acho que, acima de tudo, além da necessidade de se protestar contra esse caos no nosso país, as pessoas que forem às ruas devem se proteger dessa pandemia. Usem máscara e levem algumas reservas, estejam com álcool gel em mãos, na medida do possível, respeitem o afastamento.
Nenhum de nós gostaria de ter de se aglomerar neste momento em que a pandemia mata mais de 1500 brasileiros por dia, mas a realidade se impõe e temos de lutar pelos nossos direitos antes que não sobre mais nenhum. Portanto, mais do que nunca, consciência democrática e precaução são fundamentais. Por um Brasil mais justo e pelo fora Bolsonaro já!
Ouça o comentário de Anderson Gomes: