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Teremos nesta sexta-feira (25) mais um dia tenso na CPI da Pandemia no Senado, justamente uma data em que os parlamentares normalmente já não estão mais em Brasília, pois as sessões legislativas costumam acontecer até quinta-feira. Mas o motivo da convocação da comissão é nobre: ouvir o depoimento do servidor do Ministério da Saúde Luis Ricardo, que denunciou um suposto esquema de corrupção na compra, pelo Governo Federal, de 20 milhões de doses da vacina Covaxin, produzidas pelo laboratório inidiano Bharat Biotech.
O depoente é irmão do deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) e levará à CPI documentos que, segundo ele, provam a intenção do Ministério de adquirir as vacinas superfaturadas, com direito a pagamento de propina a uma empresa supostamente de fachada, localizada em Singapura, a Madison Biotech.
Eu aproveito para fazer uma correção. No editorial de ontem (24), eu disse que o governo já havia efetuado a compra, mas ela não chegou a ocorrer. O que houve foi o empenho do valor de R$ 1,6 bilhão em nome da empresa Precisa, representante do laboratório indiano no Brasil, para assegurar a aquisição dos imunizantes. O negócio só não foi finalizado porque as vacinas não foram entregues, mas o empenho deixa clara a mobilização do Ministério da Saúde para adquirir os imunizantes.
De toda forma, ficaremos de olho, atentos no que acontecerá nessa sessão de hoje na Comissão Parlamentar de Inquérito que investiga as responsabilidades pelo genocídio que há no país atualmente por conta da pandemia. Aliás, a população tem se dado conta, cada dia mais, da total inépcia dessa gestão. Uma pesquisa Ipec divulgada ontem mostrou que metade dos brasileiros classificam o governo Bolsonaro como ruim ou péssimo. A aprovação do presidente alcança míseros 23%.
Cada vez mais ele se aproxima do patamar de popularidade que acabou levando ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. Inclusive, parece que os ultraliberais já articulam o afastamento do Jair Bolsonaro do mandato antes das eleiçõesdo ano que vem para evitar que haja uma polarização que leve o ex-presidente Lula de volta ao Palácio do Planalto. É aguardar para ver os próximos passos desse processo. O que dá para dizer é que não podemos admitir mais um dia sequer de uma gestão genocida e corrupta comandando o país.
Ouça o comentário de Anderson Gomes: