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As mentiras ditas pelos apoiadores do presidente Jair Bolsonaro nas redes sociais foram, definitivamente, institucionalizadas por integrantes do Governo Federal na tentativa de salvar o mandato do chefe do Executivo. As investigações da CPI da Pandemia têm mostrado de maneira contundente como o entorno do ex-capitão tem agido de maneira criminosa.
Um dos fatos que mais chamou atenção se deu na última terça-feira (06), durante o depoimento da servidora Regina Célia, fiscal do contrato da vacina indiana Covaxin. A senadora Simone Tebet (MDB-MS) apontou indícios grosseiros de fraude em um dos invoices apresentados pelo ministro da Secretaria-Geral da Presidência Onyx Lorenzoni e pelo ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde Elcio Franco, referentes aos contratos da Covaxin que teriam sido preparados pela empresa Precisa Medicamentos, parceira da farmacêutica Bharat Biotech.
Foram mais de 20 erros no documento, de todos os tipos, incluindo a palavra preço em inglês, que seria price, grafada como prince, o mesmo que príncipe no nosso idioma. Esse invoice substituiria um que havia sido enviado com alterações em relação ao contrato de aquisição de doses do imunizante. Caso comprovada a falsificação, isso configura, no mínimo, crime de falsidade ideológica.
Outra informação importantíssima surgida nesse depoimento se deu quando Regina Célia afirmou que foi indicada como fiscal do contrato no dia 22 de março, um mês depois de ele ter sido fechado, descumprido e, curiosamente, dois dias após a tal reunião entre os irmãos Miranda e o presidente da República, onde eles denunciaram a suspeita de corrupção na compra das vacinas.
Ou seja, está mais do que claro que todo esse episódio é eivado de crimes cometidos pelos envolvidos, inclusive pelo senhor Jair Bolsonaro. Por falar em crime, a Câmara pautou para ontem às pressas a votação do projeto de lei que permite a privatização de 100% da Empresa de Correios e Telégrafos, uma obscenidade contra o povo brasileiro, que terá de pagar preços escorchantes caso queira enviar correspondências.
Não há outro caminho que não o fim imediato desse governo genocida, corrupto e entreguista do Jair Bolsonaro. O país precisa ser devolvido às mãos dos brasileiros.
Ouça o comentário de Anderson Gomes: