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Editorial – 30.11.2018

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Enquanto o mundo dos negócios vai sendo revelado com essas investigações da Justiça, da polícia, mostrando como o mundo da política foi apropriado por ele, Paulo Guedes, o futuro ministro da Economia, prevê arrecadação de mais de R$ 800 bilhões por conta das privatizações que pretende realizar. Isso mostra muito bem que nós devemos prestar atenção em tudo que vem acontecendo em torno do tema da corrupção. É o mundo da política que fica na berlinda, evidentemente, e deveria ser assim mesmo. A grande questão é que quem turbina esse processo deformado é o mundo dos negócios.

 

O mundo dos negócios que olha com muito apetite agora essa perspectiva de uma retomada das privatizações selvagens no nosso país. O próprio governo Temer, em final de mandato, mas com aval da equipe econômica do presidente eleito Jair Bolsonaro, marcou a data da nova rodada de leilão dos aeroportos para o dia 15 de março do próximo ano, e um trecho da ferrovia Norte-Sul para 28 do mesmo mês. Haverá ainda uma licitação de portos no dia 22 de março. As concessões previstas renderiam ao governo R$ 3,4 bilhões em outorgas e demandarão R$ 6,5 bilhões em investimentos ao longo dos contratos. A nova fase de concessão de aeroportos será feita em três blocos regionais, somando 12 terminais.

 

Estão no bloco do Nordeste os aeroportos do Recife-PE, Maceió-AL, Aracaju-SE, Juazeiro do Norte-CE, João Pessoa e Campina Grande-PB. No Sudeste, serão leiloados os terminais de Vitória-ES e Macaé-RJ, e no Centro-Oeste, Cuiabá, Sinop, Rondonópolis e Alta Floresta, todos em Mato Grosso. O lance do conjunto dos terminais foi definido em R$ 219 milhões à vista e, ao longo do contrato, que é de 30 anos, os concessionários terão de desembolsar para a União R$ 2,1 bilhões em outorgas. O investimento previsto para os três blocos é de R$ 3,5 bilhões.

 

Além disso, existe todo esse apetite para se levar a novas concessões aqueles campos de petróleo que serão retirados, essa pelo menos é a intenção, da Petrobras por conta daquela chamada operação de cessão onerosa, temos dado muito destaque a isso. Esse conjunto de negócios mostra muito bem que esse mundo continua comandando a política, e é sobre isso que chamo atenção. Não adianta prender políticos corruptos, substituí-los por outros, se o mundo dos negócios com a sua total atratividade continua a, de alguma maneira, dar as cartas. Essa é a grande lição que todos devemos refletir.

 

Ouça abaixo o comentário de Paulo Passarinho:

 

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