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Eu queria abordar rapidamente aqui com vocês três temas nesse nosso editorial de hoje. Primeiro essa defesa do Ministério do Trabalho e Previdência Social junto ao Supremo Tribunal Federal da portaria editada pela pasta que proíbe a demissão de trabalhadores que se recusaram a tomar a vacina contra a Covid-19. O ministro Onyx Lorenzoni, que assina o texto, chegou a dizer que as empresas que demitem profissionais não imunizados estão equiparando-os a leprosos.
Essa portaria foi publicada no dia 1º de novembro, afirmando que o desligamento desses negacionistas é “prática discriminatória”. Não, ministro, negar a vacinação e colocar os colegas em risco é crime contra a saúde pública. O mínimo que as empresas podem e devem fazer é proteger os seus profissionais. Esperamos que o Supremo invalide essa portaria, pelo bem da nossa população.
Outra questão importante a ser tratada foi essa determinação do Tribunal de Contas da União (TCU) para que procuradores da Lava Jato devolvam recursos gastos em diárias e viagens quando trabalhavam na força-tarefa. O relator do processo, ministro Bruno Dantas, afirmou que houve prejuízo ao erário público e violação ao princípio de impessoalidade, e que esse modelo “viabilizou uma indústria de pagamento de diárias e passagens a certos procuradores escolhidos a dedo”.
A lista de procuradores que têm de fazer a devolução é a seguinte: Antonio Carlos Welter, que recebeu R$ 506 mil em diárias e R$ 186 mil em passagens; Carlos Fernando dos Santos Lima, com R$ 361 mil em diárias e R$ 88 mil em passagens; Diogo Castor de Mattos, R$ 387 mil em diárias; Januário Paludo, que precisa devolver R$ 391 mil que recebeu em diárias e R$ 87 mil em passagens; e Orlando Martello Junior, R$ 461 mil em diárias e R$ 90 mil em passagens.
O ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot e o ex-coordenador da força tarefa, Deltan Dallagnol, serão citados para devolução de recursos aos cofres públicos de forma solidária por terem supostamente idealizado o modelo de trabalho do grupo de procuradores da operação. É mais um passo que se dá na intenção de se desmascarar essa operação criminosa, que, além de tudo, se aboletou de dinheiro público, e minimamente requerer alguma reparação, ao menos financeira, dos danos que ela provocou ao país, a maioria deles irreversíveis.
Para terminar, e aproveitando o tema anterior, como nós já dissemos aqui essa semana algumas vezes, o ex-juiz Sergio Moro se filiou ontem (10) ao Podemos, em evento realizado no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília, adotando claramente o discurso de candidato à Presidência.
O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública do governo Bolsonaro criticou o atual presidente e também Lula, que foi condenado por ele na Lava Jato de maneira criminosa a partir de convicções, se colocou como alternativa à polarização entre petismo e bolsonarismo e que “se for necessário assumir a liderança nesse projeto, meu nome sempre estará à disposição do povo brasileiro”.
Impressionante como certas figuras não têm o menor senso de ridículo. Mas é até bom que Sergio Moro se lance como candidato para que o povo brasileiro, através das urnas, coloque esse sujeito no seu devido lugar, que é o lixo da nossa história.
Ouça o comentário de Anderson Gomes: