Quais as nossas perspectivas em relação à política externa? Nessa série de programas tradicionais de fim de ano do Faixa Livre, onde procuramos fazer um balanço daquele que se encerra e um esforço de projetar o que pode ocorrer no ano que se aproxima, sempre procuramos avaliar o cenário internacional em toda sua abrangência. Esse ano, contudo, com as mudanças anunciadas no Ministério das Relações Exteriores do futuro governo Bolsonaro, iremos convidar os nossos debatedores a refletirem principalmente sobre o que poderá nos esperar a partir das polêmicas posições anunciadas pelo próximo ministro Ernesto Araújo à frente do Itamaraty.

Evidente que a questão do panorama internacional também será objeto de análise dos nossos debatedores. O cenário externo hoje está marcado pelo acirramento da disputa entre os Estados Unidos e a China em meio às fortes especulações, inclusive, sobre uma nova crise financeira em curso. Além disso, temos a continuidade da crise no Oriente Médio com novos contornos, bem como a situação cada vez mais importante da Rússia no cenário internacional. Todas essas questões estarão certamente contempladas pelos nossos debatedores, mas principalmente nos preocupa essas novas posições anunciadas para o Itamaraty.

No governo Lula, tivemos um processo muito forte de ativismo diplomático brasileiro, inclusive como forma de sustentar uma ambiciosa pauta de expansão das nossas exportações pelos quatro cantos do mundo. De lá para cá, muita coisa mudou. Já no governo Dilma, tivemos um arrefecimento desse ativismo diplomático e agora, frente à emergência desse novo governo Bolsonaro, há muito mais dúvidas do que certezas a respeito de quais serão os caminhos que, afinal, o Brasil irá tomar em um mundo tão conturbado. Essas são algumas das questões que, temos certeza, iremos contemplar nessa edição especial do nosso programa Faixa Livre abordando a questão internacional.

Ouça o comentário de Paulo Passarinho: