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Professora: “Ataque a educação é para conjunto da sociedade”

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As gestões de caráter conservador que assumiram a Presidência da República e o Governo do Rio de Janeiro começam a causar as primeiras polêmicas em um setor essencial para o avanço da sociedade brasileira: a educação.

 

A professora da rede municipal do Rio de Janeiro Suzana Gutierrez avaliou que os problemas na administração das políticas públicas de ensino vêm de governos anteriores e já estão sendo agravados em menos de duas semanas dos novos mandatários no Executivo.

 

“Na verdade, estamos passando por uma série de ataques à educação que já vinham do governo Temer, mas se aprofundaram muito nesses poucos dias do Ricardo Vélez [Rodriguez] à frente do Ministério da Educação. O governo Bolsonaro anunciava que tem na sua centralidade para a educação o programa ‘escola sem partido’, que é uma política totalmente nefasta quando você diz que quer colocar uma mordaça dentro da escola. Querem mesmo é impor um único pensamento e a escola é um espaço plural, diverso, de contestação, de pesquisa”, comentou.

 

O filósofo colombiano de extrema-direita, titular da pasta da Educação, se viu obrigado a anular um edital de livros didáticos entregues às escolas a partir de 2020. Entre as alterações polêmicas em relação a editais anteriores estavam a não obrigatoriedade de revisão e de bibliografia, além da inclusão de publicidade de produtos e serviços. Também cairia a necessidade de se incluir a diversidade étnica brasileira nos livros, podendo ser ilustrados apenas com pessoas de pele branca, por exemplo.

 

A repercussão negativa fez com que Vélez Rodrigues divulgasse nota culpando a gestão anterior, de Rossieli Soares, pelas mudanças no edital, fato negado pelo ex-ministro de Michel Temer.

 

“O ataque à educação é meramente corporativista, não é um ataque que atinge profissionais de educação. É um ataque para o conjunto da sociedade porque essa confusão toda em relação ao livro didático, quando determino que na escola pública será indicado um livro de pior qualidade, não garanto uma educação pública de qualidade para o futuro da nação”, ressaltou Suzana.

 

No Rio de Janeiro, o governador Wilson Witzel decretou um corte de 30% dos valores liquidados com despesas operacionais em 2019. Entre as secretarias atingidas pela medida está a de Ciência e Tecnologia, o que afeta universidades e escolas técnicas.

 

“A rede Faetec, a própria Uerj [Universidade do Estado do Rio de Janeiro], a Uezo [Universidade Estadual da Zona Oeste], estão dentro dessa pasta e vão sofrer um corte profundo. É um ano de muitos ataques, mas com certeza vamos resistir de maneira unificada como estamos resistindo há muito tempo”, finalizou a professora.

 

Clique abaixo para ouvir a entrevista de Suzana Gutierrez:

 

 

Entrevista em 10.01.2019

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