O mercado do trabalho vem passando por mudanças intensas nos últimos anos e não se pode dizer que são evoluções que favorecem os trabalhadores. Na verdade, há um processo de involução provocado pelo cenário de precarização que se deu nas relações entre empregador e empregado. Isso não ocorre apenas no Brasil, mas em todo o mundo. Entretanto, em um país subdesenvolvido, da periferia do capitalismo como o nosso, e com uma burguesia irresponsável e acumuladora, os efeitos são mais intensos. Enquanto os meios de produção acompanham os avanços do século XXI, as relações de trabalho remontam aos séculos XIX, incluído a tragédia do trabalho análogo ao escravo. Por que vende-se a ideia de que precarizar as relações de trabalho são a solução para o oferecimento de oportunidades de emprego para o trabalhador?

Nesta sexta-feira (10), o Faixa Livre contou com a participação de três especialistas para tentar responder esta pergunta: a coordenadora do Movimento Unido dos Camelôs (Muca) Maria dos Camelôs, a Doutora em desenvolvimento econômico e pesquisadora no Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho (CESIT) no Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Paula Freitas e o presidente da Central Única dos Trabalhadores do Rio de Janeiro (CUT-RJ) Sandro Cezar.

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