Uma sensação de alívio tomou conta dos brasileiros na última sexta-feira (07). Alívio por percebermos que a Justiça começa a fazer sua parte após quatro anos de incertezas, de ataques aos conceitos básicos de democracia, de uma gestão que teve no autoritarismo seu modus operandi e tentou nos afundar em um pântano de retrocessos. A inelegibilidade de Jair Bolsonaro até 2030, após decisão do Tribunal Superior Eleitoral, abriu um horizonte de esperanças e pode ser considerada um marco civilizatório por tudo que ela representa em um país que tenta se reconstruir a partir de um projeto nos marcos da democracia burguesa, de uma grande aliança política entre forças que até pouco tempo atrás trilhavam caminhos distintos. O bolsonarismo levou um golpe pesado, ainda que esperado, e precisará, ao que parece, se ressignificar ao longo dos próximos tempos.

Para explicar as possíveis consequências da saída de Jair Bolsonaro da disputa eleitoral pelos próximos, o Faixa Livre convidou o historiador, escritor e professor de Literatura Comparada da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) João Cezar de Castro Rocha, o Oficial na reserva do Exército Brasileiro e mestre em Ciências Militares pela Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (Eceme) Marcelo Pimentel e o professor do Instituto de Estudos Estratégicos da Universidade Federal Fluminense (UFF) Eduardo Heleno.

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