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Debate: 60 anos do golpe: esquerda avançou na luta?

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“Um povo sem memória é um povo sem história. E um povo sem história está fadado a cometer, no presente e no futuro, os mesmos erros do passado”. O texto da historiadora Emília Viotti da Costa evidencia a importância de não deixarmos apenas no retrovisor o que foi a ditadura civil-empresarial-militar, que completa seis décadas do seu início. Em 31 de março de 1964, homens das Forças Armadas liderados pelo general Olimpio Mourão Filho, vindos de Minas Gerais, marcharam até o Palácio do Catete, no Rio de Janeiro, aproveitaram-se da ausência do presidente João Goulart, que preferiu evitar um derramamento de sangue com a resistência ao golpe, e tomaram o poder político no país, em um processo que vinha sendo urdido há mais de uma década.

 

Dali em diante foram 21 anos de ataque às liberdades individuais, silenciamento, autoritarismo, tortura, retrocesso. Os que teimavam em resistir, recebiam a violência como resposta. Os que não foram presos, precisaram deixar o país em exílio. E mesmo após a abertura, o fim do regime, a anistia ampla, geral e irrestrita serviu como um verniz aos horrores promovidos pelos militares e deixa marcas até os dias de hoje, com a tutela imposta pelas Forças Armadas à nossa sociedade.

 

O Faixa Livre debateu o marco dos 60 anos do início da ditadura no Brasil e seus efeitos, em especial para a esquerda, com as participações do jornalista, escritor, dirigente da resistência armada durante a ditadura, preso político, tendo passado quase 10 anos no exílio durante os anos de chumbo, Cid Benjamin, da historiadora, doutora em Filosofia, professora de História na Universidade Federal Fluminense (UFF) e na Escola Florestan Fernandes, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Virginia Fontes e do professor, doutor em Literatura, coronel do Exército, membro da Academia Carioca de Letras, preso e cassado das hostes militares por não apoiar o golpe e ficar ao lado da democracia, Ivan Proença.

 

Assista ao debate:

 

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