Às vésperas de mais um 7 de setembro, sempre vêm à tona os questionamentos a respeito do grau de independência que o Brasil conquistou nesses 202 anos, desde que deixou de ser colônia de Portugal. Mas talvez nem Dom Pedro I, às margens do rio Ipiranga, imaginasse que tanto tempo depois manteríamos o caráter de subalternidade aos podres poderes exercidos por um imperialismo que se baseia na superexploração do nosso povo, no controle das nossas fronteiras, na submissão dos nossos militares, na dependência ao capital financeiro e na guerra cultural.

A lógica burguesa nos comanda e faz com que sejamos reféns de uma elite que se mostra incapaz de entender os dramas que afetam o grosso da nossa população. E as diferentes gestões da República nunca tiveram a coragem, ou a ousadia, de se impor frente a essa realidade. Há quem diga que a única saída seria a conciliação de classes, mas a luta pela soberania nacional ainda teima em seguir viva nos corações e mentes daqueles que não se rendem.

Para discutir o real sentido da nossa independência e os caminhos para buscar a soberania plena, o Faixa Livre convidou três historiadores: o deputado federal Chico Alencar (PSOL-RJ), a doutora em História pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e pós-doutoranda na Universidade Federal de Alagoas (Ufal) Rejane Hoeveler e o mestre em Filosofia, comunicador e educador popular Heribaldo Maia.

Assista à entrevista de Edson Sardinha: