Há dois meses o mundo se choca com as imagens que chegam do Oriente Médio, com o processo de genocídio televisionado do qual o povo palestino é vítima. O Estado sionista de Israel bombardeia sem trégua o território ocupado pelos palestinos, em Gaza. Aliás, até houve uma pausa de alguns dias na última semana, mas ela foi rapidamente encerrada pela sede de sangue de Benjamin Netanyahu, que tem como objetivo exterminar essa população.

Já são mais de 16 mil mortes registradas, sendo 60% delas de mulheres e crianças, em um cenário de horror que não é de hoje, já dura ao menos sete décadas, com os palestinos sendo alvos de Israel, que não reconhece sequer as resoluções da ONU estabelecendo a adoção de dois Estados. A Organização das Nações Unidas, incapaz de estabelecer uma solução para esse morticínio, já diz que a Faixa de Gaza vive um cenário “apocalíptico”, com milhares de pessoas sendo obrigadas a dormir pelas ruas e o colapso iminente da ordem pública.

Para analisar os desdobramentos desses pouco mais de 60 dias de bombardeios aos palestinos, o Faixa Livre convidou o jornalista e ex-deputado federal Milton Temer, a historiadora, professora de História Árabe do Departamento de Letras Orientais da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo e atual vice-diretora do Centro de Estudos Árabes da USP Arlene Clemesha e o médico perito, professor da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e consultor da Federação Árabe Palestina do Brasil (Fepal) Sami El Jundi.

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