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Ao longo das últimas décadas, a Venezuela se constituiu como um polo de resistência aos interesses do imperialismo estadunidense na América do Sul. Primeiro sob o comando do general Hugo Chávez, líder da Revolução Bolivariana, no início dos anos 1990. Após a morte do militar, em 2013, Nicolás Maduro assumiu o comando do país e, desde então, tem feito uma gestão com mão de ferro, sofrendo questionamentos, pressões de todos os tipos, sanções internacionais, tentativas de golpe, como no caso envolvendo o autoproclamado presidente Juan Guaidó, que teve o reconhecimento de uma série de países, reeleições consecutivas e contestadas, em um cenário de empobrecimento da população do país.
Alguns direcionam a culpa por essas dificuldades econômicas aos bloqueios que a Venezuela sofre dos Estados Unidos, outros sugerem que a inaptidão de Maduro na gestão seria responsável pela situação social difícil. O fato é que o clima de suspeição, de desconfiança ressurge com o processo eleitoral do próximo domingo, onde o atual presidente mais uma vez tentará renovar o seu mandato sob denúncias de perseguição política, com prisões de opositores e impedimento de candidaturas de potenciais adversários.
Quem vai representar a oposição majoritária no pleito será Edmundo González, que já requisitou aos militares venezuelanos que “garantam a vontade do povo”, em um cenário onde as pesquisas de intenção de votos apontam, algumas, a vitória de Maduro e, outras, a do seu rival. O presidente chegou a assumir recentemente o compromisso internacional de eleições limpas e de respeito ao resultado das urnas.
Para analisar o que está em jogo no pleito do próximo domingo na Venezuela, o Faixa Livre convidou o professor de Relações Internacionais na Universidade do Vale do Itajaí (Univali) Daniel Corrêa da Silva, o professor de História Contemporânea na Universidade Federal Fluminense (UFF) Bernardo Kocher e o jornalista e editor internacional do site Brasil 247 José Reinaldo Carvalho.
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