A grande aliança liderada pelo presidente Lula, construída para derrotar Jair Bolsonaro nas urnas em 2022, impõe uma série de limitações a um projeto efetivamente progressista no Brasil. Isso, naturalmente, gera críticas por parte de uma esquerda que não se rendeu ao neoliberalismo. No entanto, tem se tornado comum, nos últimos tempos, não apenas por parte da militância, mas também por partidos do nosso campo que dão apoio orgânico ao governo, a reprovação às críticas feitas à gestão petista pelos seus filiados.

Algumas figuras têm sido desautorizadas ou então, pior, desmentidas por essas legendas sob o argumento de que determinadas declarações, ainda que verdadeiras ou factíveis, alimentam o arsenal de fake news que a extrema-direita utiliza para fazer política. Há quem questione esse tipo de postura, ressaltando que a esquerda não pode deixar que o bolsonarismo tenha o monopólio da crítica.

O Faixa Livre desta sexta-feira discutiu até que ponto o campo progressista deve questionar as ações da administração federal e se o argumento de que o bolsonarismo se fortalece a partir disso é aceitável. Para tal, convidamos o cientista político e professor da Universidade do Estado da Bahia (Uneb) Milton Pinheiro, a professora e presidente estadual da Unidade Popular no Rio de Janeiro (UP-RJ) Juliete Pantoja e o sociólogo e membro do Grupo de Estudo Ecologia e Marxismo Renato Cinco.

Assista ao debate: