A capacidade de a espécie humana produzir horror pelas mais diferentes motivações, mas, especialmente, na busca por poder, sempre foi uma característica marcante das sociedades. No entanto, determinadas ações ainda são capazes de surpreender dado o nível de crueldade e irracionalidade. O que vemos há pouco mais de um ano em Gaza, e que tem se espalhado pelo Oriente Médio, é uma dessas expressões incompreensíveis.

A sede de sangue do Estado de Israel, que dizima o povo palestino, já deixou mais de 42 mil mortos, pelos números oficiais, a maioria mulheres e crianças, e conta com o apoio inconteste dos Estados Unidos da América e o beneplácito da comunidade internacional, com raras e valorosas exceções, que não promove qualquer iniciativa para questionar esse morticínio, quadro que se ampliou pelo Líbano e passa a envolver outros atores na resistência pelo direito de os palestinos existirem.

Essa tragédia humanitária, que muitos caracterizam como limpeza étnica, suscita as seguintes perguntas: por que o exército de Benjamin Netanyahu segue disparando mísseis contra a população palestina? A busca é pelo extermínio dessas pessoas em um processo que, apesar de intensificado a partir do ano passado, dura mais de sete décadas?

Para analisar trazer respostas a essas questões e analisar o caráter do que se dá no Oriente Médio a partir da atuação israelense, o Faixa Livre convidou o cientista político, graduado em Relações Internacionais e pós-graduado em História do Oriente Fernando Yazbeck, o presidente da Federação Árabe Palestina do Brasil (Fepal) Ualid Rabah e a jornalista e pesquisadora em comunicação política Leila Salim.

Assista ao debate: