Todo fim de ano, uma discussão toma conta do Governo Central: a aprovação do Orçamento do período seguinte, a destinação de recursos para cada área da administração pública. Em 2023, essa discussão acabou atrasando mais do que o normal por conta das negociações que têm ocorrido no Congresso. O fato, para além das questões pontuais, é que, via de regra, o orçamento da União não é pensado para dar conta dos interesses da população. Saúde e educação, por exemplo, têm cada vez menos recursos destinados para o custeio, enquanto deputados e senadores veem a fatia das emendas entregues a eles para que usem ao seu bel prazer crescer. Além disso, todo ano há contingenciamentos desses recursos para atendimento a metas estabelecidas por uma casta na institucionalidade já privilegiada.

Para tratar deste tema tão fundamental para o desenvolvimento do país, o Faixa Livre convidou o assessor técnico na Câmara dos Deputados e diretor do Instituto de Finanças Funcionais para o Desenvolvimento (IFFD) David Deccache, o membro da Auditoria Cidadã da Dívida Rodrigo Ávila e o professor de Economia da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ); coordenador do grupo de pesquisa de Economia e Conjuntura do Sistema Financeiro (ECSIFIN) e conselheiro do Conselho Regional de Economia do Rio de Janeiro (Corecon-RJ) Antônio José Alves Junior.

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