O governo de grande aliança que assumiu o país no início do ano, liderado pelo presidente Lula, tenta levar à frente mudanças na dinâmica da sociedade em uma série de setores, e talvez uma das áreas em que as alterações sejam mais observadas é a economia. A discussão a respeito da taxa básica de juros está estabelecida, há um novo marco fiscal prestes a ser aprovado, e um tema que começa a ganhar corpo no Congresso é a reforma tributária, visto que este é um dos ‘calcanhares de Aquiles’ em um país eivado de desigualdades, muito por conta de uma legislação tributária altamente regressiva, que cobra mais de quem tem menos e mantém os privilégios daqueles que ocupam o topo da pirâmide financeira. No entanto, a proposta elaborada pela Câmara dos Deputados mira, não só, mas fundamentalmente a simplificação da cobrança de impostos no Brasil.

Para falar a respeito do caráter da reforma tributária, se ela atende a necessidade de taxar as grandes fortunas e combater o abismo fiscal existente no país, o Faixa Livre convidou o economista e professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Eduardo Fagnani, o assessor técnico na Câmara dos Deputados e professor voluntário na Universidade de Brasília (UnB) David Deccache e o vice-presidente do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Sindifisco Nacional) Tiago Barbosa.

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