Na última quarta-feira, o Brasil lembrou os 134 anos da Proclamação da República, e sempre que esta data surge no calendário, nos leva a algumas reflexões, entre elas a seguinte: até que ponto o Brasil respeita a res pública, ou seja, a coisa pública? Até onde a soberania popular se impõe em um país dependente, da periferia do capitalismo, onde os interesses das grandes oligarquias são postos na mais alta conta? Talvez estes sejam questionamentos que a esquerda deveria se fazer até hoje, mas boa parte dos grupos que representam o nosso campo, sejam eles partidos ou não, se renderam à lógica de uma institucionalidade burguesa que relega a classe trabalhadora, que a sujeita a políticas compensatórias incapazes de dar conta das necessidades mais prementes, servem apenas para não deixar o povo morrer de fome.

O Faixa Livre convidou para responder aos questionamentos acima o historiador, professor aposentado da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e presidente do Movimento em Defesa da Economia Nacional (Modecon) Lincoln de Abreu Penna, a também historiadora, professora da pós-graduação de História na Universidade Federal Fluminense (UFF) e da Escola Nacional Florestan Fernandes (MST) Virgínia Fontes e a socióloga, escritora, matriarca da Casa do Perdão e idealizadora do podcast “Mãe Flávia Pod”, a Mãe Flávia Pinto.

Assista ao debate: