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Hoje me sobrou muito pouco tempo para o editorial do programa, mas eu queria apenas registrar duas coisas bem rapidamente. Primeiro o depoimento tragicômico do empresário bolsonarista Otávio Fakhoury, suspeito de financiar a disseminação de informações falsas a respeito da pandemia no país. Ficou muito claro pelo que foi visto ontem (30) na comissão do Senado que essa figura tem, no mínimo, uma capacidade cognitiva questionável.
Antes de tudo, é importante registrar um crime que essa figura cometeu, ao realizar ataque homofóbico contra o senador Fabiano Contarato (Rede-ES) nas redes sociais. O parlamentar, inclusive, fez um relato emocionado da cadeira da Presidência da CPI a respeito do episódio. Eu quero aqui registrar, mais uma vez, pois eu já o fiz pessoalmente, a solidariedade do programa Faixa Livre ao senador e a todos aqueles que ainda sofrem com a violência de gênero no país.
Falando especificamente sobre a oitiva de Otávio Fakhoury, ele me parece ter sido o único depoente na Comissão Parlamentar de Inquérito que conseguiu a façanha de, mesmo com um habeas corpus concedido pelo Supremo Tribunal Federal autorizando-o a não responder perguntas que o incriminassem, produzir provas contra si.
Primeiro quando se disse contrário ao uso de máscaras de proteção contra a Covid-19, incentivando essa prática em vídeos postados nas redes. Depois quando afirmou que não se vacinou porque a “Coronavac não prestava”. Ele atribuiu essas declarações à liberdade de opinião. Veremos o que a Justiça dirá.
Além disso, o empresário cunhou algumas pérolas impagáveis como quando, por exemplo, destacou que defendia um “lockdown vertical”. Como todos nós sabemos, lockdown é o termo em inglês usado para representar o fechamento absoluto das atividades, com todas as pessoas permanecendo em suas residências. Obviamente ele quis se referir ao isolamento vertical.
É mais um bolsonarista disseminador de notícias falsas que passa vergonha diante da CPI, mas que precisa ser investigado pelos crimes que cometeu, que levaram, até agora, à marca de quase 600 mil mortes pela pandemia. Para encerrar, eu queria registrar a importância dos atos deste sábado (02) pelo “fora Bolsonaro” em diversas cidades do país, em mobilizações convocadas pelas centrais sindicais e movimentos sociais.
O desgaste do presidente Jair Bolsonaro se amplia. Ontem mesmo ele foi vaiado de maneira contundente em uma cerimônia em Belo Horizonte, onde fez o lançamento do Centro Nacional de Vacinação e também anunciou ter sancionado a lei que permite a construção do metrô na capital de Minas Gerais. Esse momento deve ser aproveitado pelas forças de esquerda para que o clamor pela saída desse genocida do comando do Palácio do Planalto chegue aos parlamentares.
Os atos deste sábado são fundamentais. Portanto, para você que já se vacinou contra a Covid-19, esteja nas ruas, evidentemente respeitando as medidas de segurança para evitar o contágio, utilizando máscara, mantendo o distanciamento, na medida do possível, para engrossar essas mobilizações. O Brasil precisa voltar a respirar, a ter esperança, e a única maneira de nós recuperarmos o mínimo de fôlego é com a saída imediata do presidente e do seu vice do comando do país. Dia 2, é fora Bolsonaro e Mourão já!
Ouça o comentário de Anderson Gomes: