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Editorial – 02.06.2020

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Enquanto sobe o tom autoritário dos discursos, inflamando sua horda e ameaçando a ordem democrática no país, o presidente Jair Bolsonaro segue aparelhando o governo com indicados pelo baixo clero para barrar qualquer possibilidade de cassação do seu mandato a partir do Congresso.

 

Na última segunda-feira, o ex-capitão do Exército nomeou para a presidência do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, o FNDE, como já era cogitado, o chefe de gabinete do senador Ciro Nogueira (PP-PI) Marcelo Lopes da Ponte, homem de confiança do parlamentar.

 

O FNDE é uma autarquia do Ministério da Educação e teve orçamento de R$ 55 bilhões esse ano. No último dia 18, o governo já havia nomeado Garigham Amarante Pinto, indicado pelo PL, para o cargo de diretor de Ações Educacionais do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. Outro órgão que deve acabar nas mãos do Centrão é o Banco do Nordeste.

 

Contrariando suas próprias declarações de que estaria negociando estatais ou bancos oficiais com a ala fisiológica da Câmara, o presidente deve entregar o comando da instituição a um indicado político também do PL, partido de Valdemar Costa Neto. O nome que está em análise pelo Palácio do Planalto é o do ex-presidente da Casa da Moeda Alexandre Borges Cabral.

 

Enquanto o toma lá, dá cá se institui no Governo Federal, no Rio de Janeiro impera a ignorância e o caráter genocida do alinhamento entre o prefeito Marcelo Crivella e o chefe do Executivo federal. O pastor licenciado da Igreja Universal começa a flexibilizar a partir de hoje o isolamento social no município, liberando, com restrições, a realização de cultos religiosos, atividades esportivas em centros de treinamento e nos calçadões, atividades aquáticas no mar, lojas de móveis e decorações, além de concessionárias de automóveis.

 

A permissão para o restante das atividades se dará de maneira gradual pelas próximas semanas. É importante lembrar que a taxa de ocupação dos leitos de UTI nos hospitais do Sistema Único de Saúde no Rio de Janeiro era de 90% até ontem. Segundo a Defensoria Pública, nem mesmo pacientes com ordem judicial conseguiam internação no município. Esse é o resultado da mistura entre o fanatismo religioso e o fascismo no Brasil dos dias de hoje.

 

Ouça o comentário de Anderson Gomes:

 

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