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Editorial – 03.06.2020

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Na noite da última segunda-feira, nós tivemos um episódio lamentável do vazamento de dados pessoais do presidente Jair Bolsonaro, seus filhos, ministros, empresários e políticos bolsonaristas. Algumas dessas informações já são públicas, como a declaração de bens, mas outras como telefone celular e endereço, que são privadas, também foram expostas.

 

Os dados foram tornados públicos pelo grupo de hackers Anonymous Brasil em uma postagem numa rede social. Depois de excluir a publicação, o Twitter apagou o perfil do grupo, que já foi responsável pelo vazamento de informações de outras autoridades em ocasiões anteriores. Apesar da ação rápida em retirar o conteúdo das redes, milhares de pessoas tiveram acesso a ele. Alguns gaiatos até tentaram filiar Bolsonaro, atualmente sem partido, ao PT, mas, ironicamente, a filiação foi indeferida.

 

O presidente e os demais envolvidos prometeram tomar medidas legais contra os hackers e o ministro da Justiça e Segurança Pública André Mendonça pediu à Polícia Federal abertura de inquérito para investigar o caso. Segundo o ministro, as investigações vão apurar crimes previstos no Código Penal, na Lei de Segurança Nacional e na Lei de Organizações Criminosas.

 

Entre as vítimas dos ataques estão, além do ex-capitão do Exército, o senador Flávio Bolsonaro, o deputado federal Eduardo Bolsonaro e o vereador Carlos Bolsonaro, o ministro da Educação Abraham Weintraub e a ministra da Mulher e Direitos Humanos Damares Alves; o deputado estadual Douglas Garcia (PSL-SP) e o empresário Luciano Hang, apoiador do governo. O presidente argumentou que o ato foi uma medida de intimidação.

 

Além de ser uma atitude criminosa, esse tipo de vazamento não ajuda em nada no embate político que as forças democráticas enfrentam, pelo contrário, só acirra os ânimos e oferece armas para o inimigo tentar mudar o foco, o que, aliás, é uma prática comum do bolsonarismo. Ele se utiliza de qualquer situação para desviar a atenção daquilo que realmente interessa, que é o ataque às instituições.

 

Ouça o comentário de Anderson Gomes:

 

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