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Um tema ao qual nós sempre nos dedicamos aqui no programa, e que vamos nos aprofundar nos próximos tempos por conta da chegada do ano eleitoral, é aquele sobre as políticas econômicas adotadas pelas diferentes pré-candidaturas à Presidência. As medidas neoliberais defendidas pelas últimas gestões do Palácio do Planalto são o principal calcanhar de Aquiles para o crescimento do país, acho que não resta qualquer dúvida em relação a isso.
Nos últimos dias, o jornal Folha de S. Paulo publicou artigos escritos pelos mentores econômicos dos principais postulantes ao cargo máximo da República até aqui traçando as principais linhas de atuação nessa área. Eu me refiro aos economistas Nelson Marconi, representando Ciro Gomes (PDT); Henrique Meirelles, escolhido por João Doria (PSDB); Guido Mantega, em nome de Lula (PT) e Affonso Celso Pastore, guru de Sergio Moro (Podemos).
O economista José Luís Fevereiro fez uma análise, nas suas redes sociais, a respeito do artigo escrito por Mantega, e eu trago aqui para vocês ouvintes as suas considerações. O Fevereiro disse o seguinte:
“Acabei de ler o artigo de Mantega, economista da campanha de Lula. Assim como Marconi do PDT envia sinais trocados.
Se critica o teto de gastos, por outro lado enaltece os superávits fiscais dos governos Lula e critica os déficits de 2016 para cá. Típico artigo da forma Lula de fazer política. Sinalizar para os dois lados.
Não adianta falar em ampliação de programas sociais, em retomada do investimento público, em usar o papel do Estado como motor da reindustrialização sem questionar frontalmente os paradigmas macroeconômicos liberais.
Sem revogar o teto de gastos e aumentar o gasto público, nada disso para em pé. Conciliar isso com orçamentos equilibrados e superávits primários é defender a quadratura do círculo.
O cenário de hoje não é o de 2003. Não tem espaço para equilibrismos. E isso precisa ser dito na campanha.
Vai ter omelete, mas ovos serão quebrados. Ou não terá omelete”.
Ouça o comentário de Anderson Gomes: