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O que muitos achavam ser mais um atentado terrorista no Líbano, parece que não passou de um trágico acidente, que provocou um cenário de destruição sem precedentes nos arredores do porto de Beirute. As primeiras investigações apontam para a detonação acidental de um estoque de 2700 toneladas de nitrato de amônio armazenadas no local. Só não foi explicado pelo governo do país se a carga de alto risco estava estocada no local por negligência ou estratégia.
Fato é que o episódio colocou novamente os holofotes sobre a situação humanitária alarmante do Líbano, que se reestruturou após períodos difíceis de confrontos armados e, mais uma vez, volta a se ver em apuros. Esperamos que a comunidade internacional possa atuar no processo de reconstrução de Beirute e oferecer à grande maioria da população, que mal tem o que comer, dignidade e respeito.
Mas, neste editorial um pouco mais curto do programa de hoje eu gostaria de pontuar mais um dos muitos crimes cometidos pelo presidente Jair Bolsonaro contra nossa ordem democrática, que foi revelado por uma reportagem da revista Piauí na semana passada, mas que ganhou relevância apenas ontem. A jornalista Monica Gugliano revelou a ocorrência de uma reunião no Palácio do Planalto, logo após ter sido aventada a possibilidade da apreensão do celular do presidente da República pelo Supremo Tribunal Federal, onde Bolsonaro teria decidido enviar tropas do Exército ao STF para destituir os membros da Corte.
Aos palavrões, o chefe do Executivo teria bradado “Vou intervir!”, tendo o apoio de alguns ministros da ala militar. Os substitutos, militares ou civis, seriam então nomeados por ele e ficariam no cargo “até que aquilo esteja em ordem”, segundo as palavras do presidente. No entanto, após algumas horas de tensão e com a declaração apaziguadora do ministro Augusto Heleno, dizendo que não era hora disso, os planos golpistas foram deixados de lado.
Até quando o país vai viver neste clima iminente de intervenção militar sob o comando de uma figura que, desde o início da sua carreira política, não demonstrou ter qualquer tipo de apreço pela democracia e pelas liberdades individuais? Precisamos urgentemente reagir caso queiramos ter a possibilidade de construir um Brasil soberano e mais justo.
Ouça o comentário de Anderson Gomes: