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Enquanto as instituições combatem as medidas autoritárias do governo via notas em repúdio, como foi novamente o caso do Supremo Tribunal Federal na última quarta-feira, quando o ministro Dias Toffoli classificou como “lamentáveis e intoleráveis” as agressões a jornalistas promovidas em ato pró-governo no domingo, o bolsonarismo segue atuando à livre iniciativa.
Ontem foi confirmada a troca no comando da Superintendência da Polícia Federal no Rio de Janeiro. Depois da saída de Carlos Henrique Oliveira, o diretor geral do órgão nomeou o delegado Tácio Muzzi para a vaga, entregando a liderança da PF no estado ao presidente, conforme ele havia requisitado ao ex-ministro Sergio Moro.
Além desta mudança, Rolando de Souza providenciou mais quatro alterações em Superintendências Brasil afora. Apesar de Bolsonaro argumentar que Oliveira havia recebido uma ‘promoção’ indo para Brasília, atendendo a um chamado do novo diretor geral, isso não aconteceu, na prática, já que ele deixará de ficar à frente de investigações, executando apenas funções administrativas.
Enquanto isso, o Congresso ratificou mais um ataque ao servidor público no país com a aprovação daquele auxílio emergencial a estados e municípios, que está condicionado ao congelamento dos salários do funcionalismo por 18 meses, excluindo algumas poucas categorias, como os profissionais da saúde, educação e da segurança pública.
Serão R$ 125 bilhões para os entes federados, divididos entre recursos diretos para cobrir a perda de arrecadação por conta da pandemia de Covid-19, além de suspensão do pagamento de dívidas. Os neoliberais aproveitam a crise de saúde para abocanhar uma fatia ainda maior de recursos públicos. Em meio a tudo isso, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) reduziu mais uma vez a taxa básica de juros, que agora renova a mínima histórica, em 3%.
Por falar em renovação, o país bateu novamente o recorde de mortes em 24 horas provocadas pelo novo coronavírus: 615, levando o Brasil ao triste sexto lugar no ranking de nações que mais tiveram perdas de vidas pela doença, com um total de 8536. Ao invés de almejar a liderança na lista de países com melhor qualidade de vida para a população, parece que o governo Bolsonaro só tem condições de nos levar apenas o topo deste ranking trágico.
Ouça o comentário de Anderson Gomes: