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Editorial – 09.07.2019

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Nós temos no dia de hoje e, principalmente, através das nossas próprias manchetes um retrato do que pode ocorrer no nosso país, o que vem ocorrendo e de todas as consequências negativas que teremos para continuar cultivando o mínimo de esperança de termos um país independente, soberano, dono do seu próprio nariz. O Rodrigo Maia com forte apoio do Palácio do Planalto, liberando emendas parlamentares para procurar viabilizar a votação em primeiro turno da contrarreforma da Previdência ainda hoje.

 

O objetivo, agora que me parece que Rodrigo Maia consegue unificar o conjunto dos partidos que apoiam esse ataque à seguridade social, inclusive agora em tempo de procurar viabilizar os dois turnos da votação na Câmara antes mesmo do recesso de julho, previsto para o próximo dia 18. Com isso, deixaria-se aberta para logo no início do segundo semestre, no Senado, apreciar a matéria e procurar liquidar essa fatura, que representa um ataque frontal ao sistema não somente da Previdência, mas de seguridade social no país, e tudo com objetivo de se viabilizar ainda a adoção do regime de capitalização aqui no Brasil

 

Essa discussão foi deixada de lado pelo relator da matéria na Câmara, mas as intenções de Paulo Guedes, Rodrigo Maia e as lideranças no Congresso, envolvendo as lideranças no Senado, é procurar que essa questão seja reintroduzida no debate nacional inclusive através de propostas de emenda específica sobre a questão. O grande pulo do gato é justamente viabilizar essa votação agora da proposta que está presente e que viabilizaria uma certa dita economia de gastos durante 10 anos, em torno de R$ 900 milhões.

 

Isso significa claramente o seguinte: um custo de transição do sistema de repartição para o sistema de capitalização envolve essa montanha de dinheiro, quase 1 trilhão de reais, por isso essa dita a economia dos 900 bilhões, economia que vem principalmente da retirada de direitos dos trabalhadores regulados pelo Regime Geral da Previdência Social, que hoje em torno de 65% dos seus benefícios já encontra-se em torno do valor de um salário mínimo. Então é um verdadeiro ataque aos mais pobres, mas é principalmente essa desestruturação do sistema de seguridade social.

 

Teremos a oportunidade nessa edição da Faixa Livre de conversar com o senador Paulo Paim, que foi o responsável maior por uma CPI da Previdência que encerrou com conclusões importantíssimas e nós esperamos apenas que os nobres parlamentares levem em conta essas resoluções e conclusões da CPI da Previdência, e não essas contas absolutamente maquiadas que vêm do Ministério da Economia capitaneadas pelo senhor Paulo Guedes, um dos maiores interessados no negócio da Previdência privada aqui no Brasil, um verdadeiro escândalo.

 

O outro escândalo que também iremos contemplar ao longo dessa edição diz respeito a esse novo acordo que a Petrobras anuncia ter estabelecido com o Cade, que na verdade impõe a venda de todos os seus ativos e participações no segmento de transporte e distribuição de gás. Esse acordo se soma com aquele outro que diz respeito à venda de oito das 13 refinarias da Petrobras.

 

Em suma, dois dos sistemas mais importantes para assegurar um mínimo de soberania e independência do Brasil estão sendo atacados. Sob o ponto de vista social, a seguridade social pública, não somente a Previdência, e sob o ponto de vista produtivo, a desestruturação da nossa maior empresa. É esse o momento que vivemos, e é esse momento que exige a consciência, reflexão e a própria responsabilidade daqueles que dentro do Congresso, principalmente, são responsáveis por representar os interesses populares.

 

Ouça o comentário de Paulo Passarinho:

 

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