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Parece que finalmente a vacinação no país contra a Covid-19 já tem uma data para ser iniciada. Em reunião com prefeitos de mais de 130 cidades do país, o ministro da Saúde general Eduardo Pazuello estabeleceu o dia 21 de janeiro, a próxima quinta-feira, como o tal do dia D. Vale lembrar que esse calendário ainda carece da liberação pela Anvisa para uso emergencial dos imunizantes, o que deve acontecer no domingo (16), conforme informações da agência.
Serão distribuídas para todo o Brasil, de maneira proporcional, 8 milhões de doses das vacinas da farmacêutica Astrazeneca, que devem chegar ao país vindas da Índia na próxima segunda (18), além das 6 milhões de doses da Coronavac, que já estão em território nacional, parte delas produzidas pelo Instituto Butantan. A logística de distribuição dos imunizantes se dará na terça-feira.
À falta de planejamento já conhecida do Ministério da Saúde, soma-se à indefinição em relação justamente às doses que virão do país asiático, já que o voo da companhia aérea Azul, que partiria na noite da última quinta-feira para buscar a encomenda, foi atrasado em um dia e só vai decolar hoje à noite. Desta forma, a previsão para aplicação das primeiras vacinas, que era o dia 20, teve de ser adiada em 24 horas.
De acordo com o Plano Nacional de Imunização, que definiu prioridades na aplicação das vacinas, os primeiros a receberem as doses serão os profissionais da saúde, os idosos, a partir dos 75 anos, e pessoas com 60 anos ou mais que vivem em instituições de longa permanência, como asilos e instituições psiquiátricas.
Anunciada a data de início da campanha de vacinação contra o novo coronavírus, começa agora a disputa de quem fará a primeira foto aplicando uma dose: o presidente Jair Bolsonaro ou o governador de São Paulo João Doria, que há tempos vêm politizando a imunização. Fato é que essa vacina está demorando demais para chegar ao país. A situação é gravíssima em vários estados da federação, mas especialmente no Amazonas, que já está transferindo doentes para outros seis estados devido à falta de vagas em leitos nos hospitais. Não há sequer suporte de oxigênio para os pacientes internados, em um quadro dramático de colapso absoluto do sistema de saúde.
Eu só espero que nós tenhamos o maior número possível de doses das vacinas o quanto antes porque eu tenho certeza, e vocês podem anotar aí, que haverá uma série de problemas de logística durante esse programa de vacinação. O tal do especialista Eduardo Pazuello não foi capaz de garantir seringas e agulhas para aplicação das doses, os estados que tiveram de se movimentar por conta própria. Torço para estar errado, mas tenho a impressão de que essa campanha irá se estender até o final de 2022 e a nossa tragédia tende a se ampliar, tudo por conta de uma gestão inepta, irresponsável e incapaz de lidar com os reais problemas do país.
Ouça o comentário de Anderson Gomes: