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O ataque constante dos representantes do capital hegemônico às nossas estatais, representado atualmente pela gestão Bolsonaro, vem rendendo uma série de prejuízos aos brasileiros, como podemos ver nos casos recentes do desmonte do setor elétrico e dessa política de preços criminosa do petróleo no país.
E o jornalista Milton Temer escreveu um belo texto nas suas redes sociais alertando para a ameaça que se dá com essa venda da Eletrobras, repetindo um receituário já muito conhecido entre nós. O Milton diz o seguinte:
“Crise numa Petrobras privatizada. É isso que querem com a privatização anunciada da Eletrobras? – Sim, é por conta de uma Petrobras privatizada que estamos vivendo a atual crise de preços nos combustíveis, quando vemos seu presidente afirmar: ‘Não trato com ninguém sobre reajuste de preços. Esse tema é tratado tecnicamente dentro da empresa’.
O panache do general nomeado por Bolsonaro, e ora protegido pelos seus pares fardados contra a investida do patrono, preocupado com as consequências do brutal reajuste de preços dos combustíveis em sua reeleição, revela algo mais profundo.
Ele não está preocupado com o “papel social” que, nas declarações do senador Rodrigo Pacheco, presidente do Congresso, ele mesmo um liberal privatista, emitiu em pânico diante de um possível descontrole social a ser gerado pelos aumentos brutais, principalmente do gás de cozinha.
O general-presidente apenas guarda coerência com a lógica privatista que impera sobre as políticas estratégicas da empresa desde o governo Collor, ampliadas durante o mandarinato FHC, e radicalizadas depois do defenestramento de Dilma Rousseff.
A Petrobras, a partir da abertura de capital nas bolsas dos States, deixou de ser uma empresa destinada à afirmação do slogan inicial de “o petróleo é nosso!”, que norteou sua fundação, para se tornar uma empresa geradora de lucros e dividendos a seus acionistas privados.
Não foi formalmente privatizada, mas sim debilitada diante de suas concorrentes globais, quando desprovida de várias de suas principais empresas subsidiárias, todas lucrativas e de eficiência empresarial comprovada, a despeito de uma meia dúzia de mequetrefes de todas as cores ideológicas, que a surrupiaram em manobras individuais de peso inexpressivo no balanço final.
Uma consequência lógica tinha que ser tirada desse imbróglio em que nos meteram os autores da estratégia privatista que enfraqueceu a empresa e a submeteu a dependências externas que não conhecia em seus tempos de efetivamente estatal. Não cometam a mesma lambança com o que nos resta do setor energético, com a pretensão criminosa de privatizar a Eletrobras. É o mínimo a se exigir desse final dantesco do não menos dantesco governo Bolsonaro”.
Ouça o comentário de Anderson Gomes: