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O presidente Jair Bolosnaro deu posse ontem ao quarto ministro da Educação no seu pouco mais de um ano e meio de governo. O pastor da igreja presbiteriana Milton Ribeiro assumiu o cargo com discurso de conciliação, afirmando que conduzirá sua gestão com base nos princípios constitucionais e respeitando a laicidade do Estado.
Além disso, o novo titular da Pasta garantiu que nunca defendeu a violência nas escolas, em uma tentativa de justificar uma afirmação sua anterior, quando mencionou que a dor deve fazer parte da educação das crianças. Em vídeo que estava disponível nas redes sociais, ele afirmava que a “correção” não será obtida por “métodos suaves”, com exceção a algumas crianças “superdotadas”, que entenderiam os argumentos dos pais.
A grande verdade é que só se engana quem quer. Está na cara que Milton Ribeiro será mais um desses integrantes da ala ideológica do governo, talvez menos ignorante que seus antecessores Ricardo Vélez Rodríguez e Abraham Weintraub, mas com nível de conservadorismo semelhante na condução da educação do nosso país. Não por acaso ele disse em seu discurso de posse que quer “resgatar o respeito” pelos professores e reverter um cenário de “desconstrução da autoridade”.
Talvez o grande desafio deste seu início de gestão seja a aprovação no Congresso do novo Fundo de Financiamento da Educação Básica, o Fundeb, que pode ser votado já na semana que vem. Todo mundo sabe que o diálogo entre o Executivo e o Judiciário anda dificultado por conta da gestão trágica de Abraham Weintraub. Cabe a Ribeiro reconstruir as pontes especialmente com os deputados.
Enquanto isso, o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin foi indiciado pela chamada operação Lava Jato eleitoral da Polícia Federal por suspeita de prática dos crimes de corrupção passiva, falsidade ideológica eleitoral e lavagem de dinheiro. Também foram indiciados o ex-tesoureiro do PSDB Marcos Monteiro e o ex-assessor de Alckmin Sebastião Eduardo Alves de Castro. A medida teve como base a delação de ex-executivos da construtora Odebrecht, além de análises periciais em equipamentos eletrônicos.
Cabe ao Ministério Público de São Paulo decidir se apresenta denúncia contra o político. Resta saber agora o que farão aqueles liberais amigos famosos desses tucanos, porque as fotos nas redes sociais em celebrações com Alckmin, Aécio e companhia já sumiram faz tempo.
Ouça o comentário de Anderson Gomes: