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Editorial – 18.02.2020

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Haveria muito o que comentar, mas, a rigor, vou voltar às questões relativas ao assassinato do ex-capitão do Bope, matador de aluguel Adriano, de intimas relações com a família Bolsonaro. Ontem eu comentava que Bolsonaro, provocando, chegou a acusar a PM da Bahia pelo assassinato de Adriano, o que é fato, evidentemente, mas, mais do que isso, o Bolsonaro apontou o PT como responsável pela PM da Bahia e ainda provocou: ‘precisa falar mais alguma coisa?’.

 

Evidente que é necessário falar muita coisa, principalmente dessas relações intimas de Adriano e seus familiares com a própria família Bolsonaro. É isso que o presidente da República está tentando afastar de si, essas relações que podem, inclusive, comprometê-lo mais do que já está comprometido, essa que é a verdade, porque, vejam bem, Adriano manteve sua mãe e sua ex-mulher como empregadas fantasmas de Flávio Bolsonaro quando este era deputado estadual.

 

Mais do que isso, o Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro possui provas de transações financeiras envolvendo Adriano e Fabrício Queiroz, que era o organizador da caixinha entre os funcionários fantasmas do Flávio Bolsonaro e é isso que não interessa ao atual presidente a deixar claro.

 

Aliás, onde encontra-se o Fabrício Queiroz? Nesse momento, mais do que nunca, o que precisamos falar é sobre isso. Por que as ditas instituições, especialmente do órgão Judiciário e também da polícia, não têm preocupação em procurar o paradeiro de Fabrício Queiroz? Nessa altura do campeonato ele é muito importante para esclarecer este conjunto de supostas irregularidades dentro do gabinete do atual senador e ex-deputado estadual aqui no Rio Flávio Bolsonaro, como, inclusive, as relações mantidas com o senhor Adriano.

 

Por isso, essa tentativa diversionista de Bolsonaro não passará e ontem, inclusive, 20 governadores escreveram uma carta com críticas abertas à postura de Bolsonaro, que, nesse momento, procura criar maiores constrangimentos aos governadores estaduais em meio a essa asfixia financeira que governadores e prefeitos sofrem. Bolsonaro quer emplacar não somente uma reforma Administrativa, mas também uma dita reforma Tributária que irá apenar ainda mais nossos entes federativos, estados e municípios, e é por isso que os governadores reagem.

 

É necessário, na verdade, abrirmos o olho para o tipo de processo que está em curso no Brasil a partir dessa inusitada aliança que reúne políticos ligados a milicianos, como Bolsonaro, políticos ligados a essas igrejas pentecostais, que promovem essas festas como tivemos aqui, no último sábado, no Rio de Janeiro, com direito a dança entre Marcelo Crivella e Bolsonaro, e isso sob olhares simpáticos do juiz Bretas. Esse é o Brasil que está sendo construído e com apoio do alto comando do Exército, que cada vez mais dispõe de seus generais dentro do Palácio do Planalto.

 

Essa democracia é que nos interessa no momento em que o Tribunal Superior do Trabalho reafirma todas as suas intenções de apenar os petroleiros que estão em luta, inclusive em greve, contra demissões da Petrobras, contra a própria privatização da nossa maior empresa? De que lado estamos? Esse é o momento que temos de decidir e alinhar nossas forças junto aos trabalhadores, que precisam de melhores condições de vida e de um país diferente, que não seja dominado por milicianos, por igrejas picaretas e, principalmente, por militares que não têm o menor sentido a respeito do que significa soberania nacional.

 

Ouça o comentário de Paulo Passarinho:

 

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