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Editorial – 18.08.2020

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A farsa em que se transformou a operação Lava Jato aos poucos vai ficando clara para todo mundo. Ontem a Polícia Federal de São Paulo concluiu que não há provas em um trecho da delação premiada do ex-ministro Antônio Palocci em que ele citava o ex-presidente Lula e o Banco BTG Pactual, aquele mesmo que tem Paulo Guedes como um de seus fundadores.

 

No documento assinado pelo delegado Marcelo Feres Daher, há a indicação de que os fatos delatados por Palocci foram desmentidos por todas as testemunhas, declarantes e por outros colaboradores da Justiça. De acordo com o que afirmou a Polícia Federal, os colaboradores que desmentiram o ex-ministro “aparentemente não teriam prejuízo algum em confirmarem a narrativa de Palocci caso a entendessem ser verdadeira”.

 

O trecho que foi desconsiderado pelos investigadores da PF relatava que o banqueiro André Esteves movimentou, em nome de terceiros, valores recebidos por Lula em crimes de corrupção e caixa 2. Em troca, o ex-CEO do BTG Pactual teria recebido informações privilegiadas do governo sobre a mudança da taxa Selic, que permitiu que ele tivesse lucro e usasse parte desses recursos para fazer doações para a campanha do PT em 2014.

 

Ainda segundo Marcelo Daher, as informações oferecidas por Antônio Palocci parecem ter sido encontradas em pesquisas na internet, baseadas em dados públicos, sem acréscimo de elementos de corroboração, a não ser notícias de jornais.

 

Está muito claro que esse tipo de direcionamento político das investigações da Lava Jato é que levou, em boa parte, à tragédia que o país atravessa atualmente, com um Governo Federal que reserva mais recursos do orçamento para despesas com militares que com a educação. É isso mesmo que vocês ouviram.

 

De acordo com apuração do jornal O Estado de S. Paulo, a proposta, que tem de ser enviada ao Congresso até o final de agosto, reserva R$ 5,8 bilhões a mais para a Defesa no Orçamento de 2021. Esse é o retrato de um Brasil autoritário, belicista e que trata o ensino das nossas crianças e jovens com total desprezo. Dá para imaginar o que o futuro nos reserva.

 

Ouça o comentário de Anderson Gomes:

 

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