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Eu havia separado aqui alguns temas para o nosso editorial de hoje, mas a morte do senador Major Olímpio (PSL-SP), aos 58 anos, mais uma vítima da Covid-19 no país, faz com que eu dedique o pouco tempo que me restou a esse tema. O político do PSL é o terceiro senador a perder a luta para o coronavírus no Brasil. Antes dele, José Maranhão (MDB-PB) e Arolde de Oliveira (PSD-RJ) já haviam ido a óbito.
Major Olimpio estava internado desde o dia 2 de março em um hospital particular da capital paulista e deixa esposa e dois filhos. A morte do parlamentar, que foi eleito na onda do bolsonarismo, como aliado ferrenho do ex-capitão, mas já havia abandonado a tropa de choque do presidente há algum tempo, foi recebida com perplexidade no Congresso, não só por não fazer parte do grupo de risco para a doença, mas, pelo contrário, considerado um dos senadores com a saúde mais forte, muito por conta do seu histórico nas forças policiais.
Ainda não se sabe o tipo de repercussão que a morte do parlamentar vai provocar no Palácio do Planalto, dado o afastamento recente entre ele e Jair Bolsonaro, mas fato é que esse episódio pode se tornar um ponto de inflexão na estratégia do Governo Federal no combate à Covid-19. Deputados e senadores já se articulam para pressionar o chefe do Executivo para que tome medidas incisivas na contenção dessa tragédia que é o novo coronavírus no país.
A pergunta que eu deixo aqui é a seguinte: as quase 300 mil mortes pela doença em pouco mais de um ano não são suficientes para que se aja com responsabilidade diante da Covid-19? A vida do Major Olímpio vale mais que a das centenas de milhares de brasileiros que tombaram pela pandemia? Fica aqui nossa solidariedade à família do senador e a de todos os irmãos que nos deixaram por conta desse projeto genocida urdido por Jair Bolsonaro.
Ouça o comentário de Anderson Gomes: