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O cerco se fecha contra o presidente Jair Bolsonaro. O último final de semana mostrou que a situação do ex-capitão do Exército se complica a cada dia por conta da sua total incapacidade ou falta de interesse de conter a crise provocada pela pandemia. O país segue com poucas doses das vacinas desenvolvidas até aqui por conta, principalmente, da inexistência de diplomacia por parte do Governo Federal e pelos ataques frequentes aos principais fabricantes de insumos para a produção dos imunizantes, como China e Índia, expresso nas mais de 215 mil mortes pela pandemia no Brasil.
No último sábado foram vistas carreatas espalhadas por diversas capitais do país pedindo a saída do Chefe do Executivo. Aqui no Rio de Janeiro, por exemplo, a fila de automóveis ultrapassou quatro quilômetros. Esse movimento apenas reflete a queda de popularidade do Jair Bolsonaro apontada por dois diferentes institutos de pesquisa. Pelo Datafolha, que divulgou seus números na sexta-feira, a aprovação do presidente caiu seis pontos percentuais, de 37% para 31%. No mesmo dia, um levantamento encomendado pela revista Exame apontou um decréscimo ainda maior do ex-capitão, de 11%., despencando de 37% para 26%.
O Palácio do Planalto sentiu o golpe e começa a tentar mudar a sua atuação para conter a crise. E as medidas se dão em duas frentes: o Jair Bolsonaro procurou os representantes chineses para tentar amenizar as críticas constantes que ele faz ao regime do país asiático e pedir a liberação do Ingrediente Farmacêutico Ativo, o IFA, para a produção das vacinas tanto pelo Instituto Butantan, como pela Fundação Oswaldo Cruz.
Em outra iniciativa, o político sem partido começa a ouvir pedidos de parlamentares do Centrão para uma reforma ministerial, tirando cargos de militares e oferecendo a integrantes do baixo clero no Congresso. Essa tentativa de aliviar a pressão por parte do bolsonarismo tem como aliado de primeira hora o Procurador-Geral da República Augusto Aras, que pediu ao Supremo a abertura de um inquérito para apurar as responsabilidades do ministro da Saúde general Eduardo Pazuello no colapso dos hospitais do Amazonas, com falta de oxigênio, mas deixou o presidente fora desse pedido.
É urgente que continuemos a pressionar o Congresso com manifestações tanto nessas carreatas, como nos panelaços e nas redes sociais, para que seja aceito um dos inúmeros pedidos de impeachment que se encontram nas mãos de Rodrigo Maia. Bolsonaro precisa pagar pelos crimes que cometeu e continua cometendo. Enquanto essa figura seguir ditando os rumos do país ao ocupar a Presidência da República, os resultados serão mais mortes, mais desigualdade e menos direitos para a nossa população.
Ouça o comentário de Anderson Gomes: