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Editorial – 25.11.2020

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Parece que, finalmente, após três longas semanas de prejuízos e irresponsabilidade, o fornecimento de energia elétrica foi completamente reestabelecido no Amapá ontem (24), pelo menos foi o que garantiu a distribuidora e o Governo Federal.

 

Segundo a Companhia de Eletricidade do Amapá, o fim do rodízio de energia se deu após a energização de um segundo transformador na subestação Macapá, que se incendiou no dia 3 de novembro. Mais de 20 dias de absoluto caos social que contou com dois apagões que atingiram 13 municípios e quase 1 milhão de pessoas. Esse é o retrato do Brasil profundo que muitos dos brasileiros que habitam os grandes centros não conhecem. Esperamos que não haja outro episódio semelhante e, mais do que isso, que os responsáveis pela crise energética no estado sejam severamente punidos, com a cassação da concessão da empresa Gemini Energy.

 

Eu gostaria, também, nesse espaço editorial, de fazer a leitura da coluna do jornalista Bernardo Mello Franco, publicada ontem no jornal O Globo, onde ele comenta um fato marcante que a bela campanha de Guilherme Boulos, do PSOL, à Prefeitura de São Paulo trouxe e pode mudar a ordem política nacional. O título do texto é “A frente de Boulos”:

 

O prefeito Bruno Covas lidera as pesquisas e é favorito para vencer a eleição de São Paulo. Mas foi da campanha do seu adversário, Guilherme Boulos, que surgiu o fato político mais relevante do segundo turno até aqui.

 

No sábado, Lula, Ciro Gomes, Marina Silva e Flávio Dino apareceram juntos na propaganda do candidato do PSOL. Os quatro não dividiam o mesmo palanque eletrônico desde 2006, quando o ex-presidente conquistou o segundo mandato.

 

Boulos emergiu como a grande novidade do primeiro turno. Com 17 segundos na TV, ultrapassou veteranos como Márcio França e Celso Russomanno, que contava com o apoio do presidente Jair Bolsonaro. O candidato do PT, Jilmar Tatto, amargou um vexatório sexto lugar.

 

O PSOL investiu na dobradinha entre um candidato de 38 anos e uma vice de 85. A presença de Luiza Erundina ajudou a atenuar um dos pontos fracos de Boulos. Se ele nunca ocupou cargos públicos, ela governou a cidade entre 1989 e 1992.

 

A campanha improvisou uma espécie de papamóvel para a ex-prefeita circular na pandemia. Protegida por uma cabine de acrílico, ela percorre a periferia em busca de votos que se descolaram do PT em 2016.

 

Apesar da aposta no corpo a corpo, Boulos decolou graças à internet. Sua candidatura ganhou impulso nas redes sociais, onde o bolsonarismo reinou sozinho na última eleição. Ele mobilizou artistas e ganhou a preferência dos eleitores mais jovens.

 

O líder do MTST moderou o tom, mas não abriu mão do discurso contra a desigualdade e a extrema direita instalado no Planalto. No segundo turno, isso o ajudou a reunificar o campo progressista, que se estranhava desde o rompimento de Lula e Ciro na corrida presidencial.

 

A união em torno de Boulos fez a esquerda voltar a sonhar com uma aliança nos moldes da Frente Ampla uruguaia para enfrentar Bolsonaro em 2022. O cenário ainda é improvável, mas deixou de ser impossível. E Boulos será peça-chave para qualquer acordo daqui a dois anos”.

 

Ouça o comentário de Anderson Gomes:

 

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