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Em que pesem todas as badalações da mídia dominante com relação ao sucesso da economia, a uma dita recuperação económica, inclusive com geração de empregos, mas que, no dia a dia, não se revela nem um pouco alvissareiro para os trabalhadores, nós estamos observando como a máquina pública vem funcionando. Hoje iremos aqui entrevistar uma dirigente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores do IBGE, que é responsável por um conjunto de denúncias, desde o ano passado, a respeito do processo equivocado de planejamento do Censo 2020, e o que acontece é que o próprio TCU acatou as denúncias, que acabaram sendo provocadas pelo Ministério Público da União, e isso faz com que agora o IBGE tenha de prestar contas ao TCU por conta dessas irregularidade.
Os trabalhadores do Dataprev, por sua vez, decidiram entrar em greve a partir de amanhã, tudo por conta do processo de desmonte que está em curso, inclusive com ameaças de demissões imotivadas e a própria privatização da empresa, isso em um momento em que o Paulo Damares Guedes diz que todo problema do setor público é que ele precisa se informatizar, mas ao mesmo tempo o governo quer abrir mão de uma empresa que seria fundamental inclusive para atender ao processo de digitalização das demandas pertinentes ao INSS e que estaria na raiz de uma das questões mais graves que hoje passamos no país, que é essa impossibilidade de o INSS atender aos trabalhadores que vão até lá recorrer e apresentar os seus direitos
Aliás, algo semelhante agora está acontecendo em relação ao programa Bolsa Família. Desde junho, o jornal O Globo hoje apresenta uma matéria a respeito disso, a fila de pessoas aguardando pelo benefício saltou de zero, patamar que se encontrava desde 2018, para 494.229 famílias. A espera é a maior desde 2015, quando mais de 1 milhão e 200 mil famílias aguardavam o auxílio. São famílias cujo perfil de renda é compatível com o programa e já estão cadastradas, mas continuam na miséria e sem a ajuda de R$ 89 por pessoa.
Esse é o Brasil real que, independentemente dessas manchetes de editorias de economia de telejornais, jornais, programas de rádio, vai revelando o drama que estamos passando, o drama de um governo sem nenhum padrão, ou melhor, talvez o melhor seja melhor chamar esse governo do Bolsonaro e de Guedes de governo padrão Damares.
Ouça o comentário de Paulo Passarinho: