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Editorial – 27.05.2022

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As eleições presidenciais se aproximam, estamos há pouco mais de 4 meses do primeiro turno, e ontem tivemos a divulgação de mais uma pesquisa de intenções de voto, desta vez pelo instituto Datafolha, que jogou uma pá de cal sobre a empolgação do bolsonarismo após os resultados mais recentes que mostravam um avanço do ex-capitão nos números.

 

Pelos números da pesquisa, Lula (PT) teria 48% dos votos válidos, caso as eleições fossem hoje, enquanto Bolsonaro (PL) estacionou nos 27%. Ciro Gomes (PDT) aparece com 7%, Simone Tebet (MDB) e André Janones (Avante) têm 2%. Esse resultado definiria o pleito presidencial em primeiro turno. Os dados foram levantados entre quarta e quinta-feira, logo após o anúncio da desistência de João Doria (PSDB) em concorrer à Presidência.

 

Em relação ao levantamento anterior do Datafolha, feito no mês de março, Lula avançou 5 pontos percentuais, já que aparecia com 43%, enquanto Bolsonaro oscilou 1% positivamente, dentro da margem de erro. Se levarmos em conta os votos válidos, excluídos os brancos e nulos, o petista tem 54%, enquanto o ex-capitão marca 30%.

 

É uma mudança bastante significativa nos números que podem estar ligadas tanto às ameaças recentes do bolsonarismo à democracia com apoio dos militares, tema que iremos debater hoje aqui no programa, como à deterioração das condições de vida da população, com o avanço da inflação no país, que já acumula mais de 12% no período de 1 ano.

 

Outros números que mostram como a vantagem de Lula se consolidou são aqueles referentes a um eventual e, neste caso, improvável segundo turno. O ex-presidente vai de 55% para 58%. Já Bolsonaro perde um ponto percentual, aparecendo com 33%. A vantagem subiu de 21% para 25% de março para cá.

 

A rejeição dos pré-candidatos é outro fator que deve preocupar o chefe do Executivo. Enquanto 54% dos brasileiros indicam que não votariam em Bolsonaro, Lula recuou de 37% para 33% nesse quesito.

 

Em se atendo à análise de determinados grupos da sociedade, chama muito a atenção como votam os desempregados no país, o que talvez possa estar fazendo a diferença em favor do pré-candidato do PT. Nesse recorte, Lula tem 57% das intenções de votos, enquanto Bolsonaro amarga apenas 16%.

 

Esses índices evidenciam que o favoritismo do petista se ampliou bastante, o que já acendeu o sinal de alerta no Palácio do Planalto. A reação do governo veio rapidamente, com a tentativa de deslegitimação da pesquisa pelos bolsonaristas. O ministro das Comunicações Fábio Faria, por exemplo, realizou uma enquete para atacar o Datafolha. Curioso é que o próprio ministro já havia comemorado em outra ocasião um resultado publicado pelo mesmo instituto, no ano de 2020. Vamos aguardar porque, pela lógica do bolsonarismo, logo virá uma cortina de fumaça para tentar desviar o foco. O fato é que, à medida em que as eleições se aproximam, os brasileiros parecem perceber que renovar o mandato do ex-capitão será a maior derrota da democracia no nosso país.

 

Ouça o comentário de Anderson Gomes:

 

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