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Um dos pilares do governo de Jair Bolsonaro vai ruindo na mesma velocidade que a economia brasileira. Tido como homem de confiança do presidente desde o início do mandato ao receber a alcunha de Posto Ipiranga, o ministro Paulo Guedes volta a se ver isolado no Palácio do Planalto.
No início da pandemia, Guedes chegou a balançar no cargo ao se mostrar incomodado com os discursos negacionistas do presidente, na mesma época em que o ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro saiu da gestão federal atirando para cima de Bolsonaro.
Após este episódio, o presidente da República se reaproximou do titular da Pasta da Economia. No entanto, a saída de três figuras importantes do Ministério em menos de um mês volta a pressionar Paulo Guedes em pleno início da tramitação da reforma tributária no Congresso, um dos trunfos da equipe econômica para este ano.
Logo no começo do mês, o secretário do Tesouro Nacional Mansueto Almeida pediu exoneração do cargo, sendo substituído por Bruno Funchal. Depois dele, na última sexta-feira, tivemos o surpreendente pedido de demissão do presidente do Banco do Brasil Rubem Novaes, defensor da privatização da estatal, à esteira do escândalo que foi a venda de uma carteira de crédito da instituição financeira de quase R$ 3 bilhões por R$ 371 milhões ao BTG Pactual, que teve justamente Guedes como um dos fundadores.
Ontem, o diretor da Secretaria de Fazenda da pasta Caio Megale comunicou internamente que deixará o posto até o fim da semana para voltar ao setor privado. A pessoas próximas, ele disse que sua saída se dá por motivos pessoais, alegando que seu ciclo no setor público se encerrou. Com as baixas na Economia, resta saber qual será a reação do ministro, que vinha, nos últimos dias, se aproximando do presidente da Câmara Rodrigo Maia para facilitar o diálogo na aprovação da revisão da carga de impostos no país.
Vamos aguardar o final desta novela e pressionar deputados e senadores para que não aprovem um texto da reforma que penalize ainda mais o trabalhador brasileiro e definitivamente toque nos privilégios do andar de cima.
Ouça o comentário de Anderson Gomes: